O Corinthians planeja pagar dívidas com jogadores usando o dinheiro que receberá com a confirmação do título do Campeonato Paulista. O clube deve luvas a alguns atletas. Pablo, Jadson, Kazim e Rodriguinho são três exemplos.
A premiação para o campeão, oferecida pela Federação Paulista de Futebol, será de R$ 5 milhões.
O clube também usará o dinheiro de cota de televisão que tem a receber e eventual venda de patrocínio de camisa para a segunda decisão. Na primeira, no último domingo (30), o uniforme tinha o logotipo da Universidade Brasil, do grupo Uniesp. O valor do acordo não foi divulgado.
O Corinthians venceu o primeiro jogo da final contra a Ponte Preta por 3 a 0. Pode até perder a segunda partida por dois gols de diferença, no domingo (7), em Itaquera, que mesmo assim será campeão. Uma vitória do time de Campinas por três gols de vantagem leva a decisão para a cobrança de pênaltis.
A reportagem apurou com empresários de dois jogadores titulares da equipe que houve a promessa de quitar os débitos após a conquista do título. O Corinthians confirma a dívida, mas evita afirmar que vai resolver a situação de todos os jogadores.
“Não necessariamente [todo o dinheiro da premiação será para o pagamento das dívidas com o elenco]. Vamos tratar deste assunto caso a caso”, afirma o diretor de finanças Emerson Piovezan.
O Corinthians tem outras pendências a acertar. O Coritiba ainda cobra R$ 1,2 milhão pela venda de Kazim Richards. O clube de Parque São Jorge tem de pagar também cerca de R$ 4 milhões ao Atlético-MG referentes à última parcela da compra de Giovanni Augusto.
Desde que Piovezan assumiu as finanças do clube, no ano passado, o Corinthians tem evitado assinar contratos de direito de imagens com os jogadores, geralmente feito com empresas que pertencem aos atletas. A preferência é pelos acordos apenas dentro da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Na aprovação do balanço financeiro de 2016 da diretoria, votada no último dia 27 pelo conselho deliberativo, chamou a atenção de conselheiros da oposição o valor de R$ 8 milhões dados pela Rede Globo.
Opositores do presidente Roberto de Andrade indagaram se era adiantamento de receita pela extensão do contrato com a emissora, de 2018 para 2024, o que não seria permitido pelo Profut. A diretoria negou. Disse ter sido apenas um prêmio pela prorrogação do acordo. (Folhapress)