O governo sul-coreano anunciou nesta sexta-feira (29) que deteve um navio de Hong Kong suspeito de ter fornecido petróleo para a Coreia do Norte, o que violaria as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a ditadura de Kim Jong-un.

Segundo Seul, o navio Lighthouse Winmore transferiu em 19 de outubro cerca de 600 toneladas de petróleo refinado para a embarcação norte-coreana Sam Jong 2 após deixar o porto de Yeosu, na Coreia do Sul.

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A operação teria acontecido em águas internacionais a leste da China.

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Navios norte-coreanos estão proibidos pelo Conselho de Segurança da ONU de receber petróleo de embarcações internacionais desde setembro. No último dia 22, o órgão aprovou novas sanções contra o país, que limitaram ainda mais o acesso de Pyongyang ao petróleo.

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Após a embarcação retornar para Yeosu em 24 de novembro, a tripulação foi questionada pelas autoridades sul-coreanas, mas o navio foi detido apenas nesta sexta, após o Conselho da ONU aprovar a nova rodada de sanções -que aconteceram após a Coreia do Norte realizar um novo teste de um míssil intercontinental.

Autoridades sul-coreanas disseram à agência de notícias Associated Press que a decisão do Conselho deu ao país o direito de deter o navio.

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O Lighthouse Winmore pertence ao grupo taiwanês Billions Buker Group e seu destino oficial após deixar Yeosu era Taiwan. A empresa ainda não se manifestou sobre o caso.

A tripulação -formada por 23 chineses e dois birmaneses- está sendo mantida presa em Yeosu, mas eles serão liberados assim que as investigações forem concluídas, disseram as as autoridades sul-coreanas, que não quiseram se identificar.

Seul planeja informar o Conselho de Segurança sobre os resultados da investigação. A Coreia do Sul ainda não sabe se o Sam Jong 2 retornou para a Coreia do Norte após receber o petróleo.

O presidente americano Donald Trump acusou na quinta-feira (28) a China de fornecer irregularmente petróleo para a Coreia do Norte.

Nesta sexta, Pequim negou as acusações e afirmou que segue a resolução do Conselho de Segurança. (Folhapress)

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