A Coreia do Norte disparou neste domingo (12) um míssil que caiu no Mar do Japão. O gesto foi visto como uma “provocação”, segundo o governo sul-coreano e direcionada ao presidente Donald Trump, que apoia o Japão para manter o controle sobre testes nucleares e de mísseis.
A reação do presidente norte-americano foi imediata e ele disse estar “100% com o Japão”. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou a ação norte-coreana de “absolutamente intolerável”.
O míssil foi disparado em direção ao Mar do Japão da base área de Banghyon, na província de Pyongan do Norte (noroeste do país), informou o Ministério da Defesa sul-coreano.
“O lançamento de hoje foi para chamar a atenção ao desenvolvimento das capacidades nucleares da Coreia do Norte”, comunicou um porta-voz do ministério. “Também acreditamos se tratar de uma provocação ao novo governo norte-americano”.
O míssil disparado era um Musudan, classificado como de alcance intermediário, segundo militares da Coreia do Sul, e não um míssil balístico intercontinental.
Um oficial americano, sob condição de anonimato, disse que a nova administração pressionará a China para que controle a Coreia do Norte. O lançamento do míssil reflete o pensamento do presidente Donald Trump de que Pequim não faz o suficiente em seu espaço geopolítico.
“Isso não foi surpresa”, disse o oficial. “O líder norte-coreano [Kim Jong-un] gosta de chamar a atenção em momentos como este”.
O teste aconteceu um dia depois do encontro entre o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e Donald Trump, em Palm Beach, na Flórida.
“Eu quero que todos saibam, e entendam completamente, que os Estados Unidos da América apoiam o Japão, nosso grande aliado, 100%”, disse Donald Trump dirigindo-se a repórteres logo que foi informado da ação norte-coreana.
Em outubro, Pyongyang fez testes com mísseis Musudan em duas oportunidades, ambos disparados da mesma base área de Banghyon.
Folhapress