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Categorias: Política
| Em 7 anos atrás

“Coordenar campanha é absolutamente inviável”, diz José Vitti sobre Zé Eliton

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Convidado para participar da campanha eleitoral do vice-governador Zé Eliton (PSDB) ao governo de Goiás nas eleições de 2018, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), deputado estadual José Vitti (PSDB), afirmou que não será o coordenador da campanha devido as atribuições que o tucano já possui.

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“Não é coordenação. Eu fui convidado para que eu pudesse, durante a pré-campanha, fazer parte de diversas políticas. Não acredito, até porque seria incompatível, eu presidindo a Assembleia e ser candidato ao cargo, e coordenar uma campanha é absolutamente inviável. Não conseguiria fazer nenhuma das três coisas de maneira a dar resultados. Então, o que eu vou fazer é: aquilo que me for preciso, alguma missão que me for me dada, procurar dentro das vezes que tiver alguma insatisfação dentro da casa ser uma forma de Bombeiros e fazer isso sempre que for acionado. Mas uma coordenação só se eu efetivamente não for candidato”, afirmou.

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Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (20), na Assembleia, José Vitti destacou que a partir de abril, quando o governador Marconi Perillo (PSDB) deixará o cargo, será o momento de Zé Eliton mostrar que será capaz de conduzir o Estado pelos próximos quatro anos, caso seja eleito em outubro.

“Imagina se ele tiver seis meses desastrosos perante o governo? Não sou eu que estou dizendo. Muita gente ou vai debandar ou vai entrar no projeto desacreditado. Mas, como eu disse, ele tem as credenciais, é totalmente capacitado, dado às Secretarias que passou, tendo em vista praticamente dois mandatos como vice-governador e participando de todas as tomadas de decisão onde o governador tomou as decisões, vejo eu que eles estão absolutamente em sintonia. Então, isso me tranquilizou muito de que, ele assumindo o governo, com certeza nós teremos tranquilidade. […] Acredito que a não candidatura dele é muito improvável, a menos que aconteça uma gestão desastrosa, que não é o que eu acredito”, destacou o presidente.

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Leia a entrevista coletiva na íntegra:

Bom nome

– Esses comentários me deixam absolutamente feliz com meus pares. É até nomral porque a gente convive aqui quase diariamente. Me sinto, talvez, até como uma grande família dentro da casa, independente de posicionamento político de cada um. Em relação ao Vaguinho, ele é meu amigo de infância, então, mais um motivo para que ele expressasse dessa maneira. Mas tudo aquilo que tenho feito enquanto presidente, deputado, enquanto líder do governo foi sempre procurar dar resultados, fazer uma interlocução de forma muito transparente e direta com todos os deputados. Talvez por isso alguns deputados se manifestam assim. Alguns, claro, querem desestabilizar o governo, mas como eu sempre disse a candidatura de Zé Eliton é absolutamente natural ao governo tendo em vista que é o nosso próximo governador. Eu procurei externar, e isso já foi conversado e debatido, que nós deputados precisamos ser valorizados, que estamos aqui no dia-a-dia, passando por diversas dificuldades, projetos que trazem desgaste a nós dentro da Casa, que gostaríamos também de fazer parte de uma maior interlocução ao que tange ao governo. Acredito que fui bem entendido e essa interlocução, acredito, daqui pra frente será mais profícua e mais próxima.

Campanha

– Não é coordenação. Eu fui convidado para que eu pudesse, durante a pré-campanha, fazer parte de diversas políticas. Não acredito, até porque seria incompatível, eu presidindo a Assembleia e ser candidato ao cargo, e coordenar uma campanha é absolutamente inviável. Não conseguiria fazer nenhuma das três coisas de maneira a dar resultados. Então, o que eu vou fazer é: aquilo que me for preciso, alguma missão que me for me dada, procurar dentro das vezes que tiver alguma insatisfação dentro da casa ser uma forma de Bombeiros e fazer isso sempre que for acionado. Mas uma coordenação só se eu efetivamente não for candidato.

Segurança Pública

– Foi uma visita de cortesia. O ex-governador e secretário já tínhamos conversado algumas vezes por telefone, algumas datas não haviam se encaixado, mas ele fez questão, antes de abrirmos os trabalhos, de vir aqui. Ele se mostrou muito aberto a essa interlocução com o poder Legislativo. Sabemos que é uma pasta extremamente difícil, uma pasta que com certeza trará, obstáculos e que por ser uma Casa política ele será questionado em algum momento. Ele se colocou à disposição de todos os parlamentares, colocou rapidamente qual o seu objetivo frente a essa Secretaria, mas sobretudo foi uma visita de cortesia a qual eu transmiti já alguns deputados e transmitirei a todos, que ele estará à disposição de todos os parlamentares e lideranças políticas na Secretaria de Segurança Pública. Aproveitei para desejar a ele sorte, porque sabemos que o tema segurança Pública é evidenciado em todo o país, sobretudo em estados como o Rio de Janeiro. Mas Goiás, ao contrário daquilo que foi exposto pelo requerimento do deputado José Nelto, absolutamente sem nexo, tanto é que a própria oposição rejeitou, nós sabemos que o Estado tem competência através da sua polícia, tem pontos que precisam ser melhorados e, com certeza, serão.

José Eliton

– Essa é uma questão que eu disse lá atrás, e alguns distorceram, mas na minha visão o momento dele é agora. Imagina se ele tiver seis meses desastrosos perante o governo? Não sou eu que estou dizendo. Muita gente ou vai debandar ou vai entrar no projeto desacreditado. Mas, como eu disse, ele tem as credenciais, é totalmente capacitado, dado às Secretarias que passou, tendo em vista praticamente dois mandatos como vice-governador e participando de todas as tomadas de decisão onde o governador tomou as decisões, vejo eu que eles estão absolutamente em sintonia. Então, isso me tranquilizou muito de que, ele assumindo o governo, com certeza nós teremos tranquilidade. Conversamos muito sobre ações que logo serão expostas à imprensa, que estão tomando, de maneira que, como eu disse, é natural. Acredito que a não candidatura dele é muito improvável, a menos que aconteça uma gestão desastrosa, que não é o que eu acredito.

Plano B

– Não. Meus valores falam muito acima dos meus interesses. Na verdade, eu sempre fui leal ao projeto do governador Marconi Perillo, eu sei o momento que as coisas acontecem em minha vida, eu não projeto passar por cima. Uma candidatura também posta aos 45 do segundo tempo, com certeza, encontrará muito mais obstáculos. Então, eu não me vejo candidato, não sou candidato ao governo. Tudo na vida Deus tem um proposito a frente de nós e acho que esse não é o meu momento. Eu quero, sim, acreditar nessa candidatura que está sendo posta, acreditar no projeto que Zé Eliton está encabeçando e acredito que eu estando motivado vários outros deputados também estarão. Não me coloco. Alguns chegaram a dizer que eu também estou preocupado porque A ou B virá para a Assembleia e quer ser presidente da Casa. Eu não tenho essas vaidades. Primeiro eu acho que a gente tem que ganhar eleição. Depois de ganhar eleição a gente tem que chegar à Casa com humildade, criar um projeto para esse poder. Aqui não é a “casa da mãe Joana” onde cada um se diz o que vai ser ou deixar de ser. Isso aqui, nós temos que ter respeito com essa Casa, assim como eu tenho tido, como Hélio teve, outros tantos já tiveram, e enfim. Eu não tenho essa vaidade. Como todos sabem, eu sou empresário, tenho minhas coisas, o dia que não der certo qualquer projeto, estarei muito mais tranquilo tocando minhas empresas e cuidando da minha família. Faço política por ideologia, por gostar e por acreditar que estou fazendo algo que é positivo para a população goiana.

Emendas

– Tecnicamente falando me preocupei em relação a essas questões, mas também uma preocupação na formatação das chapas proporcionais que teremos. Temos hoje um partido que tem uma bancada muito grande. Precisamos tratar dessas alianças, até porque se está estabelecendo espaço para a chapa majoritária, mas paralelo a isso temos que entender que temos as chapas proporcionais que devem estar atreladas a essas negociações também. Com relação ao Orçamento, conversamos muito. Não só o Orçamento, mas com a preocupação de que recursos que eu já estabeleci junto ao governador possam estar garantidos a medida que projetos que a gente precisa destravar possam ser destravados na Casa. Me tranquilizou absolutamente em relação a isso. Em relação às emendas parlamentares, eu entendi e isso eu já tinha externado aqui em outro momento, porque colocamos as emendas e, na verdade, o governador estaria sancionando para o vice. Então, acredito eu que o governo não se sentiu à vontade para sancionar essas emendas neste momento até porque como nós não vivemos de emendas impositivas é uma prerrogativa que o vice-governador, estando no governo, ele possa chamar cada deputado e articular da maneira que achar conveniente. Até porque, também, é um momento em que cada um joga com suas armas. Então, conforme está estabelecendo essa nova base de apoio, ele terá essas conversas com cada parlamentar.

Orçamento impositivo

– Eu já estive a favor, já estive contra, enfim. Hoje eu estou entendendo que nós devemos, sim, aprovar as emendas impositivas. Mas agora que eu acho que é o momento que possa ser feito, justamente pelo seguinte: a partir de 2019 inicia-se um novo governo, não se sabe qual governo será iniciado. Então, a partir desse momento o jogo estará zerado. Então, se nós aprovarmos com o próximo governador, ele terá entendimento de que ele vai começar com uma regra no jogo. Se a gente aprovasse isso em um momento de crise, em que o Estado não poderia, passando a duras penas, nós podemos colocar áreas prioritárias em dificuldade em detrimento de emendas parlamentares. Então, acho que esse é o momento desse debate. Eu não vou me furtar a ele. Se assim a maioria dos deputados entender que a mesa deve apresentar esse projeto, eu farei com a maior tranquilidade. 

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