A cúpula do MDB se reuniu nesta segunda-feira (9) e decidiu que a convenção do partido que deve oficializar Henrique Meirelles como candidato ao Planalto será no dia 4 de agosto, em Brasília.
Durante a reunião, que teve a participação do pré-candidato, dirigentes do MDB fizeram projeções sobre a quantidade de votos que Meirelles deve ter entre os convencionais -ele precisa de mais da metade dos 629 votos para se tornar o nome do MDB na sucessão de Michel Temer.
Conhecido por sua precisão nas planilhas -que funcionaram muito bem durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff e nas denúncias contra Temer na Câmara-, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou aos colegas que Meirelles deve ter 443 dos 629 votos, ou seja, será oficializado candidato.
Nas contas do presidente do partido, Romero Jucá (RR), serão 444 dos 629; e nas do presidente da Fundação Ulysses Guimarães, João Henrique Sousa, 450.
Em todas as contas, portanto, Meirelles conseguirá vencer as resistências internas do MDB, principalmente de lideranças do Nordeste, que receiam os efeitos negativos do governo impopular de Temer no processo eleitoral da região, e ser oficializado candidato em agosto.
Os convencionais emedebistas são 443 mas, de acordo com cargos que ocupam, alguns têm direito a mais de um voto, como é o caso de Jucá, por exemplo, que vota 3 vezes. Dessa forma, 629 votos serão computados.
A partir de agora, os aliados aconselharam que Meirelles passe a telefonar para os convencionais e diminua um pouco o ritmo das viagens aos estados, onde estava visitando os diretórios regionais. Na próxima semana, ele deve ir a Natal e Curitiba.
A ideia inicial de Jucá era a de que a convenção fosse dia 31 de julho, uma terça-feira, às vésperas da retomada dos trabalhos do Congresso. João Henrique, por sua vez, queria que o encontro do partido fosse no fim de semana anterior, dia 28. A avaliação, porém, foi a de que realizar no fim do prazo, depois da maior parte das convenções estaduais, poderia juntar mais gente em Brasília. (Folhapress)
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