A delegada da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Mayana Rezende apresentou em entrevista no fim da manhã desta quinta-feira (07/02) mais detalhes de um esquema de desvio em verbas licitatórias que funcionários da Prefeitura de Pirenópolis se envolveram. A operação foi iniciada em agosto de 2018 e deflagrada na última quarta-feira (06/12).
A investigação constatou que as licitações já tinham seu direcionamento definido. “As minutas do edital eram feitas pelo próprio proprietário da empresa ganhadora”, mencionou a delegada em entrevista ao TBC Notícias, da TV Brasil Central.
Após uma denúncia anônima junto ao Ministério Público, a investigação passou a ocorrer. A partir de então, a Policia Civil apontou que a empresa Amarillis Prestacional foi contratada por meio de licitação pela administração municipal. O edital, no entanto, foi desenvolvido pela própria empresa vencedora do certame. Além desta fraude, a empresa que deveria prestar serviços de varrições em locais públicos, recebia pelo serviço e não o realizava. “Várias ruas deveriam ser varridas pela empresa contratada e recebiam por isso, mas a própria Prefeitura fazia esse serviço”, mencionou a delgada que ressaltou valore superfaturados em tais atividades.
Os valores desviados ainda estão sendo apurados. O valor total do contrato é de aproximadamente R$ 3,5 milhões e segundo a delegada se houver necessidade e as investigações apontarem para isso, o Prefeito de Pirenópolis deverá ser ouvido.
Foram emitidos mandatos de prisão para o servidor do departamento de licitações e contratos, Lucas Augusto Barbosa Sousa; o assessor especial, Marcos Aurélio Figueiredo; o consultor jurídico, Waidson José Pereira Arantes; o chefe do controle interno, Ney Jakson Oliveira; o gestor de Governo, Adriano Gustavo de Oliveira e Silva; o Secretário de Infraestrutura e Trânsito, Ozair Louredo da Cunha; funcionário autônomo, Júlio César Alves Bueno e os empresários, Diogo Rosa de Castro e Kelly Miquelante Oliveira de Castro.