As vendas de combustíveis no país caíram 4,5% em 2016, fechando o ano em 135,4 bilhões de litros.
Foi o segundo ano consecutivo de queda -em 2015, a retração foi de 1,5%.
Os dados fazem parte do balanço anual sobre o mercado de combustíveis, apresentado nesta quinta (17) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Mais uma vez, o desempenho teve forte influência do mercado de diesel, mais aderente à situação econômica do país.
Em 2016, as vendas de diesel caíram 5,1%, para 54,2 bilhões de litros. As vendas de etanol hidratado -que é vendido nos postos- também apresentaram queda, de 18,3%, para 14,5 bilhões de litros.
Já o consumo de gasolina subiu 4,6%, para 43 bilhões de litros.
As vendas de GNV (gás natural veicular) também apresentaram crescimento, de 3,2 %, chegando a 4,976 milhões de metros cúbicos por dia.
A crise também teve impacto nas vendas de querosene de aviação, que caíram 8%, para 6,765 bilhões de litros.
Ainda segundo os dados da ANP, as vendas de GLP (gás liquefeito de petróleo) aumentaram 1,1%, para 13,398 bilhões de litros.
A partir de outubro do ano passado, a Petrobras passou a adotar uma nova política de preços dos combustíveis, com avaliação mensal sobre as condições do mercado.
Com a nova política, os preços passaram a ser reajustados pelo menos uma vez por mês. No primeiro ajuste, houve queda na gasolina e no diesel, de 3,2% e 2,7%, respectivamente.
Na última reunião do grupo que estuda o tema, no fim de janeiro, a gasolina caiu 1,4% e o diesel, 5,1%.
A atividade econômica brasileira caiu 4,5% em 2016, segundo o indicador IBC-Br, divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central.
Foi o segundo ano seguido de retração na economia brasileira. Analistas de mercado acreditam em um recuo de 3,5% no PIB, dado que será divulgado em março pelo IBGE. (Folhapress)