O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estenda aos seus estados-membros a decisão que autorizou a importação da vacina Sputnik V a seis unidades federativas do Nordeste.
O consórcio, que inclui Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, negociou a compra de cerca de 28 milhões de doses da vacina russa contra Covid-19. A negociação se efetiva apenas caso haja autorização de uso pela Anvisa.
Ao site Metrópoles, o vice-governador do DF e secretário-executivo do Consórcio Brasil Central, Paco Britto, informou que a solicitação foi feita na manhã desta segunda-feira (7). Há uma reunião marcada às 10h desta terça-feira (8) para tratar da “aquisição excepcional” de vacinas.
No último sábado (5), o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, participou de reunião com governadores das regiões Norte e Nordeste, além do Centro-Oeste, para tratar do tema, logo após a Anvisa autorizar a importação de doses da Sputnik V e da Covaxin.
Vale lembrar, no entanto, que a agência não concedeu autorização para uso emergencial ou aprovação aos imunizantes.
No caso da Sputnik V, as principais condições para o uso da Sputnik preveem pontos como: importação somente de vacinas das fábricas inspecionadas pela Anvisa na Rússia (Generium e Pharmstandard UfaVita); obrigação de análise lote a lote que comprove ausência de vírus replicantes e outras características de qualidade; e notificação de eventos adversos graves em até 24 horas.
As notificações de eventos adversos serão analisadas pelas áreas de Fiscalização e Monitoramento da Anvisa.
Também há limitação de vacinação de, no máximo, 1% da população de cada um dos estados requerentes. Se a mesma regra for aplicada a Goiás, cerca de 72 mil goianos poderiam ser vacinados com a Sputnik V.