Conservadores de diversas áreas estão “demonizando” obras artísticas para afastar o foco de acontecimentos “verdadeiramente demoníacos, que é a falta de saúde, de educação, de qualidade para todos, a miséria e a roubalheira desenfreada”.
Quem deu a opinião, na noite desta segunda-feira (9), foi a atriz Maitê Proença, enquanto participava do lançamento da segunda temporada da série “Me Chama de Bruna” (Fox Premium), na qual assume o papel de uma apresentadora de TV (com vida dupla durante a noite).
A atriz e dramaturga se referia aos protestos e às ações na Justiça que alvejaram ao menos quatro obras no mês de setembro -entre elas, a performance “La Bête”, de Wagner Schwartz, criticada porque uma criança mexeu no pé do performer, que estava nu em cena.
“Acho que tem muita falta de informação. Se você for ao cabeleireiro e perguntar para aquelas meninas que estão lá trabalhando se elas sabem porque surgiu toda essa polêmica, elas não sabem, elas acham que uma criança pegou no pinto de um homem e que era uma cena libidinosa”, diz.
Para a atriz, setores de naturezas políticas diversas, “por meio de uma mentira, induziram a população a esta reação, para atender às suas próprias agendas”. “Hoje em dia é muito fácil, com a internet, criar versões em cima da ignorância”, completou.
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