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Conselho Tutelar denuncia irregularidades no Cais de Campinas e Simego repudia “veementemente”

Denúncia anônima de servidora fez que o Conselho Tutelar apurasse e constatassem que os pediatras do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) de Campinas realizam “rodízios” irregulares nos finais de semana, ocasionando furos nas escalas e “cota” nos atendimentos da unidade de saúde. As informações foram exibidas na primeira edição do Jornal Anhanguera desta segunda-feira (01/04).

O relatório elaborado denunciou uma série de irregularidades no Cais de Campinas. Entre elas, o Conselho Tutelar listou que os médicos realizam “rodízio” de trabalho nos finais de semana, o que provoca furos na escala, e prejudica, consequentemente, o atendimento a população.

O documento ainda, menciona que os profissionais têm uma “cota” de atendimentos e vão embora após cumpri-la, mesmo que o expediente ainda não tenha se encerrado. O funcionamento da ala pediátrica do Cais, que deveria funcionar interruptamente é encerrado no período noturno.

Após denúncia ao Ministério Público realizado por uma funcionária do Cais, um ofício foi encaminhado ao Ministério Público.

A Secretária Municipal de Saúde (SMS) negou as denúncias. Informou que quatro pediatras atendem o Cais durante o dia e dois a noite. O ponto eletrônico está sendo implantado nas unidades de saúde da cidade para se ter mais controle. Sobre o local ser fechado no período noturno, a SMS alegou que por questões de segurança, faz mudança no acesso por outra porta.

O Sindicado dos Médicos do Estado d Goiás (Simego) também se posicionou repudiando “veementemente” a acusação feita pelo Conselho Tutelar de Goiânia. A nota publicada pelo Sindicato reconhece a “importância do trabalho investigativo realizado pelo Conselho Tutelar de Goiânia na busca pela qualidade do atendimento às crianças”. No entanto, também ressaltam que o que enxergam é a “culpabilização dos médicos pelo caos instalado na Saúde Pública”.

Acusam que estão presenciado “a precarização do trabalho médico” e alegam ter condições mínimas para realização dos trabalhos. Também, existe um “aviltamento na remuneração médica”.

Confira abaixo, a íntegra da nota do Simego:

O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO) repudia veementemente a acusação feita pelo Conselho Tutelar de Goiânia de que médicos do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) de Campinas estariam fazendo “rodízio” de trabalho nos finais de semana, provocando furos na escala.

O SIMEGO reconhece a importância do trabalho investigativo realizado Conselho Tutelar de Goiânia na busca pela qualidade do atendimento às crianças. Contudo, o que temos visto constantemente é a exclusiva culpabilização dos médicos pelo caos instalado na Saúde Pública.

O que temos presenciado há anos é a precarização do trabalho médico, falta de condições mínimas de trabalho e o aviltamento da remuneração médica. Sem investimentos a longo prazo, os problemas do sistema de saúde vão se acumulando e as soluções apresentadas são apenas paliativas. Os profissionais se desdobram na tentativa de prestar o melhor atendimento possível, nas condições mais adversas.

Uma constante nas manchetes dos jornais: “Faltam Médicos”. Mas a falta de médicos não deve ser VISTA como culpa dos profissionais e sim da gestão pública. Os médicos estão vivendo numa insistente angústia, muitas vezes tendo que escolher quem vai viver e quem vai morrer, devido à falta de leitos, estrutura física, medicamentos e insumos. Como há tempos estamos dizendo: não faltam médicos, falta gestão!

O SIMEGO pugna pela disponibilização das devidas condições de trabalho aos médicos lotados neste serviço, o que urge seja assegurado pelos gestores da Saúde Pública Municipal.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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