Goiás viu no fim da semana passada, duas agressões públicas a médicos em cidades diferentes. Na região da Chapada dos Veadeiros, em Cavalcante, Fábio Marlon Martins França trabalhava na Unidade Básica de Saude (UBS) do município quando um delegado quis atendimento prioritário. Como recusou a priorizar o profissional, o médico foi parar atrás das grades ouvindo voz de prisão do funcionário da segurança pública. No mesmo dia, no Novo Gama, a médica Sabrina Lacerda foi agredida por um casal e sofreu traumatismo craniano.
Os casos aconteceram na quinta-feira (27/01). Sabrina é dermatologista mas atuava como clínica-geral num posto de saúde de Novo Gama quando atendeu uma mulher que queria atestado médico mas apresentava sintomas de Covid-19. Antes de entregar o documento, a médica pediu um teste de Covid-19 para confirmar o diagnóstico. O casal não gostou e começou a desferir ataques contra Sabrina que foi puxada pelo cabelo e levou diversos socos na área da cabeça. Ela se recupera em casa, mas sofreu traumatismo craniano.
Na esteira de agressões, o Cremego pede que autoridades reforcem a segurança nas unidades de saúde públicas. “Diante da agressão à médica Sabrina Ribeiro de Oliveira Lacerda, segundo notícias veiculadas pela imprensa, ocorrida em um posto de saúde de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, mais uma vez chamamos a atenção das autoridades para a necessidade de garantirem a segurança dos médicos em seus locais de trabalho”, destaca.
O Cremego ainda rechaçou as agressões e prestou solidariedade à médica Sabrina. “Rechaçamos qualquer tipo de violência contra profissionais de saúde e todas as pessoas e esperamos que os responsáveis pelo fato sejam punidos e que medidas urgentes sejam adotadas para evitar a repetição de agressões como essa. À médica Sabrina Ribeiro de Oliveira Lacerda, toda a nossa solidariedade”, pontuou.
Fábio, apesar de não fazer parte do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) é inscrito no programa Mais Médicos, o que dispensa o CRM e inscrição em conselhos regionais. “O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclarece que é direito e dever de cada médico concluir o atendimento em andamento antes de iniciar um novo procedimento. Esse atendimento só pode ser interrompido para receber pacientes que necessitam de assistência emergencial e mais urgente, de acordo com avaliação médica”, cravou por meio de nota.