Em meio à polêmica de uma possível venda da sede do Jóquei Clube de Goiás e o fim da estrutura construída nos anos 1960, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO) protocolou na sede do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Goiânia, uma proposta de tombamento do Jóquei Clube de Goiás.
A edificação modernista, cujo projeto arquitetônico é de autoria de Paulo Mendes da Rocha, está sob risco de demolição, segundo notícias veiculadas na imprensa. Neste domingo (17), está programado um ato de apoio à preservação do Jóquei, na entrada do clube pela rua 3.
O parecer técnico que apoia a solicitação e trata da relevância arquitetônica do Jóquei, é de autoria do arquiteto e urbanista Lucas Jordano, professor da Universidade Federal de Goiás. Acesse aqui a íntegra do parecer.
Para o CAU o Jóquei Clube integra a paisagem do Centro de Goiânia e faz parte da memória afetiva e da identidade do goianiense. Para a autarquia, independentemente de quem venha a adquirir o local ou do uso que ele venha a ter, é primordial que seja garantida a integridade da estrutura da edificação, tal qual ela é hoje.
Além do Jóquei, Paulo Mendes é autor dos projetos do estádio Serra Dourada, da Rodoviária de Goiânia e de uma residência na rua 83, Centro, onde hoje funciona uma agência do Banco do Brasil. Em fevereiro deste ano, Paulo Mendes recebeu a Medalha de Ouro Real concedida pelo Royal Institute of British Architects (Riba). O arquiteto também é detentor do Prêmio Pritzker (2006) – considerado o “Nobel” da Arquitetura – do Prêmio Mies van der Rohe (2000) e do Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2016).
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