Publicidade
Categorias: Política
| Em 7 anos atrás

Conselheiro dissidente da OAB tenta impedir reuniões de Lúcio Flávio no interior

Compartilhar

As ações da gestão do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil –Seção Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio de Paiva, de ouvir e atender as demandas da advocacia do interior, por meio do Programa OAB Ouve, está desagradando a oposição. O conselheiro dissidente Danúbio Cardoso Remy apresentou nesta quarta-feira (31 de maio) uma notificação contra presidente da Ordem em que avalia a realização do programa como “promoção pessoal”. O documento, no entanto, foi criticado por conselheiros da capital e do interior.

Leia também

Publicidade

Segundo entidade, o “OAB Ouve” é um projeto que visa levar membros da diretoria da seccional pessoalmente às subseções e delegacias para escutar, dialogar e levar os serviços necessários, numa tarefa de atenção e aproximação aos advogados e advogadas que militam no interior. Luziânia, Valparaíso, Águas Lindas de Goiás, Acreúna, Rio Verde, Jataí e Mineiros já receberam a caravana. Na reclamação, Danúbio “recomenda” que o presidente da Ordem não utilize do programa para promoção pessoal.

Publicidade

Ao Diário de Goiás, Cardoso afirmou que o ato da notificação deve ter como consequências outras ações quando chegarem as eleições para a diretoria da OAB. “apesar da gravidade do ato, não há potencialidade suficiente para exigir o afastamento, renúncia ou processá-lo”, disse ele.

Publicidade

Continuidade

O conselheiro federal Fernando de Paula diz que qualquer representante classista tem por obrigação ouvir a classe que o elegeu. “A hipótese de cumprimento da notificação, ou seja, de não realizar o programa por suposta promoção pessoal, contraria os anseios da categoria. Todos querem apresentar suas demandas e a gestão é obrigada a ouvir, diretamente de sua base. O OAB Ouve não faz promoção pessoal. Estamos fazendo visitas aos colegas para saber como está a lide forense em sua localidade”, afirmou.

Publicidade

O conselheiro seccional Telmo de Alencastro Veiga Filho diz que esta é uma tentativa do grupo opositor de querer tirar da advocacia o que está sendo conquistado por esta gestão. “O presidente está se dispondo a não ficar encastelado ou a não ficar esperando que o advogado venha até ele. Esta era, inclusive, uma antiga reclamação da categoria. Agora é motivo de crítica? Isso é inadmissível. O programa é uma conquista e não vamos abrir mão dele”, destacou. 

Telmo ainda avalia como histórico o fato da OAB-GO se reportar diretamente aos advogados para manifestarem sua opinião. “Desconheço aqui em Goiás a gestão que tenha feito isso. A oposição não quer que a advocacia entre em contato com a diretoria. Isso deve ser questionado. Por qual motivo tentam impedir? O presidente e toda a diretoria vai em busca do advogado em seu escritório no interior, nas salas da OAB em cada fórum, para escutá-los”, frisou. 

Absurdo

No interior, a notificação também não foi bem avaliada pelo conselheiro de Quirinópolis, Osmar de Freitas Junior que classificou como “absurdo” qualquer ilação contra a efetividade do OAB Ouve. “Esse programa aproxima a seccional da gente. Só quem vive a realidade do interior sabe as suas vantagens. Acompanhei a edição de Acreúna, Mineiras e Jataí. A aproximação é real e não há promoção pessoal”, diz.

Já o conselheiro de Itumbiara, Flávio Henrique Partata, diz que a gestão do presidente Lúcio Flávio é atuante e que, em respeito à categoria, isso não deveria ser questionado. “Temos um presidente atuante. Querem proibir isso e prejudicar a categoria? Querem proibir o Lúcio de viajar? Isso é retrocesso. Ouvir o advogado na base é um fato inédito, histórico e louvável”, afirma. “O advogado do interior era procurado de três em três anos, com fins eleitorais. Agora existe uma mudança significativa da gestão.”

Para o conselheiro seccional Juscimar Ribeiro, o presidente e a diretoria tão-somente cumprem a carta programa, quando determina expressamente a “realização de reuniões periódicas da diretoria nas subseções”. “Estamos em pleno cumprimento de propostas. Por acaso o conselheiro, quando aceitou fazer parte da gestão, não leu esse compromisso? Ou só agora virou abuso de poder? Não era antes, quando ele aceitou fazer parte?”, questiona.

Leia mais 

 

Publicidade
Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .