A Conmebol abriu investigação para averiguar se o Santos escalou o volante uruguaio Carlos Sánchez de forma irregular na partida contra o Independiente (ARG), na última terça (21), pelas oitavas de final da Libertadores.
Se ficar decidido que o jogador não poderia ser utilizado, o Independiente pode ser declarado vencedor da partida por 3 a 0. Dentro de campo, as duas equipes empataram em 0 a 0.
A reclamação do Independiente é que Sanchez foi expulso em partida da Copa Sul-Americana em novembro de 2015, quando atuava pelo River Plate. Ele agrediu um gandula e foi suspenso. Como em seguida foi contratado pelo Monterrey (MEX), não cumpriu a pena, o que teria de acontecer na última terça.
“O jogador foi escalado porque foi liberado pelo sistema da própria Conmebol. O Santos confia no sistema da Conmebol. Quando recebermos a notificação, vamos apresentar defesa. Carlos Sanchez estava liberado pela Conmebol desde 24 de maio de 2018”, disse o gerente jurídico do clube, Rodrigo Gama Monteiro.
Outra alegação do Santos é que a Conmebol ofereceu uma anistia em 2016 que reduziu pela metade as penas dos jogadores punidos em competições da entidade. Mas o Independiente afirma que Sanchez foi suspenso por três jogos e, mesmo com a redução da pena, não poderia ter entrado em campo em Buenos Aires.
Não há prazo para uma decisão oficial da entidade, mas a partida de volta entre as duas equipes está marcada para a próxima terça (28), no Pacaembu. A questão pode influir de maneira importante em quem avança para as quartas de final. Se valer o resultado obtido na primeira partida, a equipe brasileira se classificaria com vitória por qualquer placar, enquanto novo empate levaria a decisão para os pênaltis.
Se a Conmebol der razão para o Independiente, o Santos precisaria vencer por quatro gols de vantagem para se classificar.
Claudio Tapia, presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), é também vice-presidente da Conmebol. Ele é genro de Hugo Moyano, presidente do Independiente.