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Categorias: Mundo
| Em 8 anos atrás

Conflito com curdos na Turquia matou 2.000 e deslocou 500 mil, diz ONU

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O conflito entre as forças de segurança da Turquia e separatistas curdos no sul do país deixou cerca de 2.000 mortos e até 500 mil deslocados, em sua maioria curdos, desde o rompimento de um cessar-fogo, em julho de 2015, indicou um relatório divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo o documento, milhares de construções, incluindo casas e escolas, foram destruídos por bombardeios em cidades predominantemente curdas. Fotos de satélite de antes e depois das operações de segurança divulgadas pela ONU mostram os danos na região.

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“[Estamos] especialmente preocupados com os resultados da análise das imagens de satélite, que indicam uma escala enorme de destruição de casas por artilharia pesada”, diz o documento.

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A ONU também diz que o expurgo promovido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan desde uma tentativa frustrada de golpe militar, em julho de 2016, afetou a situação dos direitos humanos no sul do país. Cerca de 10 mil professores na região teriam sido demitidos sem o devido processo legal.

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Após a tentativa de golpe, o governo turco implementou um estado de Emergência e aumentou a perseguição contra opositores, demitindo mais de 100 mil funcionários públicos.

O governo turco enfrenta há três décadas uma insurgência dos combatentes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), considerado uma organização terrorista pelo Estado. Um cessar-fogo foi rompido em julho de 2015, levando ao aumento da violência na região.

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Os curdos são um grupo étnico de 30 milhões de pessoas que vivem em partes de Turquia, Síria, Iraque e Irã. É o maior povo apátrida do mundo. Os governos de onde há minoria curda se opõem a movimentos de independência em qualquer nação, com medo do efeito dominó. (Folhapress)

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