O juiz Carlos Gustavo Fernandes de Morais condenou os seis acusados de uma diversidade de crimes ocorridos dentro do presídio de Planaltina, com o envolvimento de policial militar e agente penitenciário.
Foram condenados os 3 ex-agentes penitenciários, o policial militar, o detento do semiaberto e um homem, apontado como traficante.
As investigações sobre a atuação da quadrilha tiveram início em maio de 2011, a partir de denúncias anônimas e também relatos de parentes de presos extorquidos. Durante dois anos, o MP monitorou os acusados, reunindo provas das condutas criminosas.
Os entorpecentes chegavam ao presídio por meio dos próprios agentes prisionais, que cobravam até R$ 200,00 para facilitar o acesso ao “produto”. A entrada de mulheres no local também era facilitada, mediante pagamento. As escutas também apontaram que detentos usavam o acesso facilitado a aparelhos celulares para ameaçar quem estava do lado de fora, como no caso da testemunha de um crime.
Para o juiz, as provas apresentadas pelo Ministério Público não foram suficientes para comprovar o vínculo entre os três últimos réus ou ao menos de que eles tinham ciência do que cada um fazia, não se provando, para o magistrado, a ocorrência do crime de formação de quadrilha.