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Cidades
| Em 2 meses atrás

Concluído inquérito sobre feminicídio contra duas mulheres em Edéia

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A Polícia Civil de Goiás finalizou e encaminhou ao Poder Judiciário o inquérito policial que investigou um duplo feminicídio ocorrido no dia 27 de setembro, em Edéia. Na data, foi preso em flagrante um homem suspeito de matar a sua companheira e a sua ex-namorada com golpes de espada. A investigação concluiu que as mortes tiveram como motivação o fato da atual companheira ter descoberto que o suspeito estaria enviando mensagens para a mulher com quem ele mantivera união estável há alguns anos.

Segundo a polícia, a atual companheira pediu uma amiga para mandar mensagens à ex-mulher dele para confirmar a situação. A ex encaminhou prints, comprovando que o homem a estava procurando. Com isso, a atual companheira pediu para que ele fosse à residência tirar suas coisas. Inconformado com o término, ele pegou a espada de fabricação artesanal e afirmou a mulher que iria até o serviço da ex para matá-la.

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A atual companheira tentou impedir, mas ele desferiu um golpe com a espada na cabeça da mulher, ferindo-a gravemente e, depois a atingindo novamente com a arma branca por pelo menos 13 vezes, em diferentes partes do corpo, conforme laudo cadavérico. Em seguida, seguiu de bicicleta à loja onde a ex-mulher trabalhava, percorrendo 1,4 Km em apenas dois minutos. Ao chegar na loja de variedades domésticas, o homem entrou abruptamente no local e, de forma repentina, surpreendeu a vítima enquanto ela atendia a uma cliente.

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Durante a fuga, o indiciado foi abordado por populares, oportunidade em que se rendeu e foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Edeia onde recebeu voz de prisão e foi autuado em flagrante. Ele teve a prisão convertida em preventiva na audiência de custódia. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, expediente que dificultou a defesa das vítimas e por ter sido contra mulher, em razão da condição do sexo feminino, cujas penas máximas, somadas, chegam a 60 anos de prisão.

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Ex era vítima de violência doméstica

A investigação da Polícia Civil também apurou que durante a relação que manteve com a ex-mulher, por cerca de quatro anos, a ameaçava e agredia fisicamente. Todavia, mesmo vítima de violência doméstica, ela nunca procurou as autoridades a fim de registrar os fatos, o que reforça a necessidade de que mulheres vítima procurem amparo policial e proteção nos termos da Lei Maria da Penha.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019