O Ministério Público Eleitoral cassou os diplomas do prefeito de Cachoeira Alta, Rodrigo Miranda Mendonça (PDT), e do seu vice-prefeito, Eduardo Correa de Almeida (PODE), por compra de votos durante a campanha das eleições de 2020.
O prefeito recebeu a sentença de inelegibilidade para as eleições nos oito anos subsequentes a 2020 e deve pagar, ainda, multa de R$ 50 mil. Já o vice-prefeito, permanece inelegível por seis anos, após o pleito do ano passado, além de receber multa no valor de R$ 30 mil.
Caso não seja haja recurso contra a sentença, a Justiça Eleitoral determina para que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) seja comunicado, para a convocação de novas eleições dentro do prazo de 20 a 40 dias.
A decisão de cassação dos mandatos foi determinada em ação proposta pelo promotor eleitoral Fabrício Lamas Borges da Silva, que iniciou na ação de investigação judicial contra Rodrigo Miranda e Eduardo Correa, no final de 2020.
De acordo com o MP Eleitoral, o promotor afirmou ter apurado que a Coligação de Mãos Dadas Com o Povo, utilizou esquema de caixa 2 em nome de um dos coordenadores informais da campanha, no estabelecimento conhecido como Posto Vital, em Cachoeira Alta, com distribuição ilegal, por mais de 800 vezes, de combustível em troca de apoio e voto de eleitores.
Fabrício relatou que em novembro de 2020, atendeu a representantes da Coligação Vamos Juntos por Cachoeira Alta, com a informação da ocorrência de abuso do poder econômico, praticado pelo então candidato a prefeito Rodrigo Mendonça, com a oferta de combustível, dinheiro e vantagens econômicas, como pagamento de carteira de habilitação, pagamento de aluguel, material de construção e até mesmo ração para cachorro.
Dias depois, segundo o promotor, o MP Eleitoral recebeu outra denúncia, de que a Coligação de Mãos Dadas com o Povo, de Rodrigo Miranda e Eduardo Correa, distribuía, especialmente para pessoas carentes da cidade, um benefício chamado Cartão Auxílio do Bem, com a promessa de que, se eleito, pagaria o valor de R$ 200,00.