Em uma performance comportada, seguindo o sonolento protocolo do pout-pourri, Lady Gaga cantou cinco hits e uma música de seus disco mais recente em 13 minutos no show de intervalo do Super Bowl, na noite deste domingo (5), em Houston, Texas.
Ela começou sua apresentação relâmpago no alto do estádio, unidos pequenos trechos de duas peças do cancioneiro clássico norte-americano, God Bless America e This Land Is Your Land. De lá, desceu voando, carregada por cabos, a uma das torres do palco, no centro do gramado.
O setlist investiu pesado no auge de Gaga entre 2008 e 2011, com “Poker Face”, “Born This Way”, “Telephone” e “Just Dance”.
O ritmo frenético foi interrompido por um momento ao piano, com “Milion Reasons”, única do disco “Joanne” (2016). “Bad Romance” encerrou a apresentação.
Famosa por usar roupas extravagantes e surpreendentes, a cantora sequer mudou o look apenas substituiu uma parte do maiô por outra peça com ombreiras que lembrava o uniforme dos jogadores.
A coreografia se destacou: dezenas de bailarinos tomaram o palco e, fora dele, uma multidão que assistia ao show se revelou se tratar de figurantes coreografados do show, e não apenas uma plateia felizarda.
A produção, aliás, foi a grande estrela da noite. Foram usados centenas de drones, que iluminaram o céu com as cores da bandeira norte-americana, além da façanha de, em oito minutos, conseguir colocar o enorme palco no meio do estádio, enchê-lo com centenas de pessoas (com lanternas de leds multicoloridos) e ainda instalar canhões de fogos para os momentos de apoteose musical, sem temer desembocar na cafonice.
Já quem esperava por algum viés político, já que Gaga é uma das grandes críticas ao presidente Donald Trump, saiu frustrado. A cantora passou longe de qualquer ousadia.