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Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, tem fuga e morte de detentos no domingo

 

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), teve uma fuga de 32 detentos na noite de domingo (21), resultando em duas mortes.

Segundo informações da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), seis detentos foram recapturados, 24 permanecem foragidos e dois internos morreram em confronto com o Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias).

A fuga ocorreu na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6, o antigo centro de detenção provisória, após parte do muro ser explodido pelo lado de fora. Além da participação de agentes externos, detentos de duas celas do Pavilhão Gama serraram as grades e conseguiram passar pelo buraco causado pela explosão.

Segundo a Seap, a UPSL 6 é a única unidade prisional masculina “que ainda não dispõe de portaria unificada e inspeção por BodyScan, a exemplo das demais que compõem o complexo carcerário”.

Nos últimos dois anos, o governo do Estado investiu forte na segurança e na revitalização do complexo, e conseguiu zerar o número de homicídios intramuros, tirando o Maranhão do topo para último no ranking que mede a taxa de violência nos presídios do país.

REPUTAÇÃO

Pedrinhas ganhou notoriedade no início de 2014, quando foi divulgado um vídeo em que presos do complexo filmam outros detentos decapitados após motim na prisão que fica na capital maranhense.

Em 2015, foi considerada uma das cinco piores prisões do país em condições para os detentos, ao lado do complexo do Curado, no Recife (PE), da Penitenciária Lemos Brito, em Salvador (BA), do Presídio Central de Porto Alegre (RS) e do presídio Urso Branco, em Porto Velho (RO).

Segundo o governo maranhense, desde 2015 são tomadas medidas para mudar esse cenário. Até este domingo (21), o Estado não tinha registro de rebeliões com mortos ou feridos há mais de dois anos. Em 24 de setembro de 2016, no entanto, uma rebelião em Pedrinhas desencadeou uma onda de ataques nas ruas, deixando escolas incendiadas e afetando a realização das eleições municipais.

Em março, uma decisão em primeira instância da Justiça condenou o governo do Estado a pagar R$ 100 mil a famílias de presos mortos. Entre as iniciativas para melhorar as condições carcerárias no Maranhão, a gestão de Flávio Dino (PCdoB) destaca a entrega de seis novas unidades prisionais, totalizando 1.167 novas vagas. Mais duas estão em construção e outras duas em licitação.

CRISE NACIONAL

Só em 2017, a guerra de facções criminosas dentro de penitenciárias já deixou mais de 120 mortos no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte, expondo a crise do sistema carcerário brasileiro.

Houve ainda mortos em prisões de Goiás, Pernambuco, São Paulo, Alagoas e Paraíba. No Paraná, dois presos morreram durante fuga.

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Rayka Martins

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