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Política
| Em 2 anos atrás

Comparecimento nas urnas pode fazer diferença em segundo turno, avalia CEO da AtlasIntel

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CEO de uma das empresas que produzem pesquisa de intenção de voto que mais chegou próximo dos resultados eleitorais no primeiro turno das eleições, Andrei Roman, da AtlasIntel avalia que os candidatos devem focar em suas campanhas ao segundo turno em mobilizar o eleitor para compareçam às urnas. O cientista de dados concedeu entrevista ao Diário de Goiás nesta quinta-feira (05/10). (Assista a entrevista na íntegra ao fim do texto).

Andrei avalia que o eleitor de candidatos perdedores como Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) já tem suas preferências eleitorais definidas mesmo antes de seus acenos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também pouco fará diferença a conversão de votos bolsonaristas em lulistas e vice-versa.

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“A imensa maioria já está decidida. É muito difícil para o Bolsonaro tirar eleitores do Lula da mesma forma que é difícil para o Lula tirar eleitores do Bolsonaro. Não é impossível, no entanto”, destaca. Ele cita, por exemplo, Minas Gerais, que tem um eleitor complexo: votou no governador Romeu Zema e também em Lula. “O envolvimento do Zema na campanha poderia fazer diferença a favor do Bolsonaro”, pontua.

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Roman acredita que com voto definido, campanhas devem mobilizar a militância em diminuir a abstenção. “Em vez de pensarmos que o segundo turno vai convencer alguém em termos de mudar a intenção de voto que já estava pré-definida, mais importante é a mobilização e o comparecimento no dia da votação. Isso é algo que pode diminuir a distância entre o Bolsonaro e o Lula e também o limite com uma margem muito apertada fazer com que o Bolsonaro ganhe”, destaca.

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O que pode fazer a diferença num segundo turno então, é o comparecimento de eleitores nas urnas, ainda assim, o resultado pouco mudará do que aconteceu ao final do primeiro turno. “Na minha opinião, o cenário mais plausível para o segundo turno é continuar sendo uma vitória Lula porque faltaram apenas 1,6% pontos percentuais para ele ganhar no primeiro turno, muito menos do que faltaria para o Bolsonaro, mas uma surpresa não é totalmente descartável”, ressaltou.

Assista a entrevista na íntegra:

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.