A Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na manhã desta quarta-feira (5), em menos de 24 horas após realização de audiência pública para debate do Plano Diretor, o relatório da vereadora Sabrina Garcêz (PSD) a respeito do projeto. O texto recebeu um único voto contrário, do vereador Mauro Rubem (PT).
De acordo com o parlamentar, o Plano Diretor se trata de “um plano de interesse daqueles que meramente vivem da especulação imobiliária e não o interesse da cidade”. Em entrevista coletiva após encontro do colegiado, o petista avaliou, ainda, alguns pontos existentes no projeto. “No conjunto da cidade, nós vamos ter adensamentos astronômicos. Inclusive, o próprio IPTU, quando você analisa o IPTU das casas, está mais caro do que o IPTU dos apartamentos. Isso vai forçar a população a vender os seus imóveis”, enfatizou.
Por sua vez, Sabrina Garcêz destacou ser importante que “a população tome conhecimento que existe um tempo para enxergar as alterações” feitas no projeto. Durante entrevista coletiva à imprensa, ela pontuou algumas das emendas acatadas. “Mudamos a forma de calcular esse adensamento. Agora passa a ser índice não por fração. Antes, o céu era o limite. Agora, de acordo com a região é que você vai ter esse limitador”, disse.
“Sobre o Setor Jaó e o Setor Sul, foi solicitado que o adensamento básico nesses setores fosse de 7,5 metros. Na nossa cidade, esse adensamento é de 12 metros. Então, essa emenda também foi acatada para que tanto no Setor Sul, quanto no Setor Jaó, o adensamento básico seja de 7,5 metros”, ressaltou.
A parlamentar esclareceu, também, que os mapas serão anexados ao projeto para elucidar a respeito do adensamento do Plano Diretor. “De acordo com as emendas apresentadas da primeira vez que o projeto esteve na Casa, a zona de expansão urbana não existe mais e a zona de adensamento também diminuiu. O mapa será publicado e vocês verão que esse adensamento diminuiu”, salientou.
Durante audiência pública realizada ontem, o vereador Mauro Rubem havia solicitado a aprovação de requerimento de sua autoria, com o intuito da realização de novas audiências, até o mês de abril. O pedido, no entanto, foi rejeitado. A previsão é para que o projeto seja apreciado em plenário na próxima terça-feira (11).
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