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Comissão aprova projeto que torna crime revisar meta no 2º semestre

Em meio à discussão sobre a revisão da meta de deficit fiscal deste ano e de 2018, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira (15) um projeto que torna de crime de responsabilidade mudar a meta no segundo semestre.

O texto ainda precisa ser aprovado pelo plenário do Senado e pela Câmara e não teria validade para mudanças feitas neste ano.

O projeto prevê a punição do Poder Executivo pela alteração da meta no segundo semestre. Pela Constituição, podem ser alvo de ações de crime de responsabilidade o presidente da República e ministros de Estado. A meta é definida pelo Palácio do Planalto em conjunto com a equipe econômica.

Os senadores aprovaram regime de urgência e, com isso, o projeto terá prioridade de tramitação no plenário.

Durante a sessão, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) criticou o projeto, argumentando que, se já estivesse aprovado, inviabilizaria a atual revisão de metas.

Relator do texto, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), defendeu que essa prática precisa ser revista.

“O governo já sabe há meses que a meta tinha que ser revisada”, disse. “Quanto mais o governo atrasa [a revisão], mais aumenta a pressão por gastança”.

O tucano prevê ainda uma discussão “muito dura” no Congresso sobre a revisão da meta fiscal.

“A revisão será muito debatida. Viemos de governos que fizeram revisões repetidamente no fim do ano. Não dá para cometer os mesmos erros. O governo vai ter que ter justificativas muito consistentes para esta revisão”, argumentou, lembrando do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff por autorizar gastos sem antes rever a meta fiscal no Congresso.

Após o anúncio pelo Executivo, o que é previsto para esta quarta (16), a nova meta precisa ser aprovada no Congresso Nacional.

Ferraço culpou governistas pela frustração de receitas, o que levará à revisão das metas.

“É a base do governo que tem conspirado contra as receitas do governo. O Refis, a reoneração… já foram para o espaço”, disse Ferraço.

Com dificuldades em elevar as arrecadações e reduzir os gastos, o governo sabe que ultrapassará o deficit de R$ 139 bilhões nas contas públicas, valor previsto no Orçamento de 2017, e também o de 2018, de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões.

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Larissa Laudano

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