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Categorias: Política
| Em 6 anos atrás

Combate à corrupção, saúde e emprego esquentaram as críticas entre governadoriáveis

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Superdebate realizado nesta segunda-feira (10) contou com diversas críticas entre os candidatos ao governo de Goiás nestas eleições de 2018. No bloco em que candidato fez pergunta a outro candidato, Weslei Garcia (PSOL), Kátia Maria (PT), Ronaldo Caiado (DEM), Daniel Vilela (MDB) e José Eliton (PSBD) não pouparam disposição para o embate e as críticas.

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Daniel Vilela iniciou o bloco questionando José Eliton sobre falta de desenvolvimento do Entorno de Brasília. Em resposta, José Eliton disse: “Talvez o senhor não conhece o Estado de Goiás como ele era e como é hoje. O Entorno do Distrito Federal sempre foi uma região relegada ao segundo plano. Nós estabelecemos um conjunto de ações que transformaram aquela região. Recentemente inauguramos um Instituto Tecnológico naquela região, dotando aqueles municípios com a capacidade de investimento nessa área justamente em Santo Antônio do Descoberto. Além de ações que potencializaram a região no que diz respeito ao processo de desenvolvimento local. Estabelecemos em Goiás um conjunto transformador na vida das pessoas. As pessoas se lembram de obras inacabadas quando se recordam dos governos anteriores. Nós temos trabalho feito, trabalho em todo o Estado de Goiás”.

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Durante a réplica, Daniel defendeu quais são as propostas do MDB para a região. “Esse Itego que o senhor está dizendo foi inaugurado, mas não funciona, ninguém tem acesso a ele. São os mesmos discursos a cada eleição. A verdade é que vocês se ausentaram do Entorno ao longo desse últimos 20 anos, não fizeram os investimentos, não tem emprego para aquela região, não tem saúde, não tem segurança. Nós vamos imediatamente concluir todas as obras do Hospital Regional de Águas Lindas, colocar em funcionamento, vamos criar o Comando Independente do Entorno, com todas as forças especializadas de segurança para garantir segurança àquela população, vamos trabalhar para a implementação do programa de mobilidade, entre outras propostas”.

Na sequência, o governador continuou citando as obras realizadas pelo governo atual. Em seguida, Weslei Garcia questionou Daniel Vilela sobre as propostas e visão referente à Reforma Trabalhista, aprovada na Câmara dos Deputados. “Entendo que nós avançamos, modernizamos a nossa legislação, que estava prestes a completar quase um século. Precisamos avançar nesse aspecto, o mundo hoje é completamente diferente, o surgimento de novas funções, principalmente aquelas advindas da tecnologia e exigir uma modernização da nossa legislação”.

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Weslei, apesar de já ter questionado Daniel Vilela sobre o mesmo assunto, retornou: “Eu queria que Daniel falasse para a trabalhadora gravida que será submetida ao trabalho insalubre sobre modernização ou falar para o trabalhador que sofre assédio moral e a partir dessa reforma não poderá entrar com ação contra seu patrão porque terá que pagar indenização ou falar para o trabalhador que perdeu a força de negociação com seu sindicato, que vai ter que se submeter a receber menos e trabalhar mais senão vai para o desemprego. São vários desempregados em todo o Estado de Goiás”.

O próximo a questionar foi Ronaldo Caiado, em relação à saúde, sobre a visão do atendimento que é realizado atualmente e quais são as propostas para melhorar. A resposta de Weslei Garcia teve propostas e ataques pessoais.

“Nossa defesa é pelo saúde em casa, que é uma humanização do processo de saúde, atendimento a domicílio. Deu certo no governo de 1995 a 1998, no Distrito Federal, em São Paulo e também tem sido modelo em outros lugares do mundo. Não é caro e é possível de se aplicar. O compromisso da saúde também tem que ser com ações práticas. O senhor foi contra a PEC do trabalho escrevo, foi a favor da flexibilização de agrotóxicos, tudo isso também é um gargalo direto à saúde. Falta coerência entre as práticas e os discursos”, disse Weslei.

Em seguida, Caiado respondeu apenas com propostas: “Vou construir 17 policlínicas, vou regionalizar a saúde, vou levar médicos especialistas para o interior, vou criar unidades móveis para poder fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero, darei segurança na área da saúde”.

José Eliton foi o penúltimo candidato a questionar. Desta vez, Caiado respondeu sobre as mudanças que pretende fazer nas políticas do Estado. “A principal delas é e o compromisso número um que tenho é combater a corrupção. A força-tarefa, fazendo com que haja transparência e um controle total do gasto público. O segundo ponto é dar condições para que os funcionários públicos possam viver dignamente e também ter o apoio do próprio governo para fazer um serviço de qualidade a toda a população do Estado. Esta eleição não vai mudar o governador, ela vai mudar a forma de governar o Estado de Goiás. Este é o grande debate, é o fim de um ciclo e começo de outro ciclo”.

O governador iniciou a réplica também com ataques a Caiado: “Os senhores perceberam que ele não responde a pergunta. O senhor não tem autoridade moral para falar que vai acabar com a corrupção em lugar nenhum. O seu candidato a senador disse em entrevista que o senhor não tinha essa autoridade, que teria feito utilização de recursos extracontabilizados. Tem uma série de corrupções em seu partido e o senhor nunca falou nada. Estou cansado de ouvir isso. Lamento profundamente que o senhor não responda a pergunta que foi feita e consiga querer transferir para outras questões”

Em tréplica, Caiado disse: “Quero deixar claro que tenho que responder por mim. Nunca desonrei o voto do goiano, não tenho um processo de uso indevido de verba pública. Vou fazer, sim, transparência total no governo, combate à corrupção e a boa utilização, com a participação de todos”.

Kátia Maria questionou o deputado federal sobre geração de emprego e renda, quais são as propostas do MDB. “Precisamos de criar um ambiente no Estado que estimule os investimentos, tanto daqueles que já estão aqui instalados quanto aqueles que querem aproveitar a mão de obra e matéria prima em Goiás. Hoje Goiás tem uma das mais altas cargas tributárias. Nós vamos implementar de redução da carga tributária condicionada a metas de arrecadação. Isso é possível. Já foi realizado em outros momentos em Goiás e em outros estados e nós entendemos que agora é o momento para isso, para que possamos estimular o empreendedorismo, os investimentos no Estado e gerar emprego e renda. Nós vamos adotar também no Entorno de Brasília uma política agressiva no sentido de benefícios fiscais para que a gente possa promover também oportunidades de emprego aquela população, que vive lá tendo a necessidade de se deslocar constantemente para Brasília em busca de empregos e oportunidades”.

Em réplica, a petista também criticou a atuação de Daniel Vilela na aprovação da Reforma Trabalhista. “É verdade que precisamos criar esse ambiente propicio, mas o fato é que a Reforma Trabalhista colocou 65 milhões de pessoas fora do mercado formal de trabalho. Quando o senhor diz quais foram os prejuízos dessa Reforma Trabalhista, quem foi para o mercado informal perdeu a carteira assinada, o direito a férias, o direito ao 13º. Nós vamos gerar emprego fazendo o Programa Emprego Já”.

Por uma questão de coincidência no sorteio, Kátia também foi questionada pelo emedebista. Desta vez, a resposta foi em relação à saúde: “A saúde é uma prioridade total em nosso governo. Nós queremos que a saúde vá até você. Quero dizer que quem tem condição de fazer essa mudança de verdade que a saúde precisa sou eu, a Kátia, 13, governadora. Aqui nós temos três partidos que aprovaram a PEC do Teto, que congela por 20 anos os investimentos em saúde. Quero dizer que cada vez que eles vem fazer propostas para a área da saúde, eles estão desabilitados porque vetaram os recursos para melhorar. Não tem jeito de fazer saúde pública se não tiver investimento. Então, nós vamos descentralizar a saúde, levando os hospitais regionais, levando os centros de especialidades médicas para que você, em uma rede articulada, possa ser atendido na sua região”. 

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Veja vídeo:

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