A Prefeitura de Aparecida de Goiânia deu fim a um imbróglio que se arrastava desde a gestão do então prefeito Gustavo Mendanha (Patriota) e a partir de janeiro deste ano vai investir R$ 2,4 milhões mensais no transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. No total, serão quase R$ 30 milhões anuais de subsídios que permitiram a manutenção da tarifa a R$ 4,30, bem como a meia-passagem para viagens que tenham até 5 km de distância.

A medida foi anunciada nesta terça-feira (03/01) pelo prefeito Vilmar Mariano (Patriota) na solenidade que marcou o lançamento da meia-passagem no município. A medida começa a valer a partir do próximo sábado (07/01) e vai ser implantada gradativamente no município nas macro-regiões existentes: Garavelo, Maranata, Veiga Jardim, Vila Brasília e Araguaia. Com isso, o usuário poderá pagar R$ 2,15 nas viagens que tenham até cinco quilômetros de distância.

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“São quase 30 milhões que vamos aportar nessa parceria com o Governo de Goiás, CMTC e Redemob para que o contribuinte de Aparecida tenha possibilidade de circular na nossa cidade a R$ 2,15”, explica Vilmar Mariano.

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Mariano explica que o aporte permitirá que a Prefeitura tenha mais voz nos pedidos de melhorias do serviço no município junto a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). “Nós temos bom relacionamento com a CMTC e vamos pedir para eles colocarem mais ônibus nas linhas que tem reclamações. O aporte de R$ 2,4 milhões por mês que Aparecida tem feito nos dá direito de cobrar isso”, destaca.

Nesse sentido, Vilmar diz que colocará uma equipe de Aparecida para realizar um levantamento nos pontos e estações de ônibus da cidade. “Vamos colocar uma equipe para fiscalizar para saber o que precisa e quanto tempo vamos gastar para trocar os pontos deteriorados. Amanhã mesmo já coloco equipe para fiscalizar”, destacou.

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Procurador explica que questões burocráticas atrapalharam adesão de Aparecida à reformulação do transporte coletivo

O imbróglio da participação de Aparecida de Goiânia na reformulação do transporte coletivo demorou para ter um ponto final já que o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota) questionava a forma como o subsídio se daria, mas ainda antes de deixar o cargo, havia autorizado sua equipe econômica a fazer estudos para a adesão.

Com o prefeito Vilmar Mariano, o assunto ganhou força mas ainda assim detalhes burocráticos colocaram obstáculos na consolidação do município. O procurador do município e representante de Aparecida na Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), Fábio Camargo deu detalhes ao Diário de Goiás sobre as questões legais que nortearam o assunto.

“Nós já tínhamos [sobre a participação] decidido a algum tempo, entretanto, a gente teve que aprovar lei, uma emenda da lei, o orçamento para 2023. Questões legais dificultaram um pouco o pronto pagamento”, pontuou. “Mas esse mês, está tudo certo, vamos pagar uma atrasada e outra que vence no mês”, destaca.

É que Aparecida ficou sem pagar o subsídio pelos oito meses iniciais que ele foi implantado. Fábio destaca que o assunto deverá ser regularizado dentro dos próximos quatro meses. “O município vai pagar uma cota à parte mensal. Um aporte anual que será aproximadamente 30 milhões de reais. Vamos começar a pagar a partir de janeiro. É um investimento grande e importante para melhorar a qualidade de vida do povo de Aparecida de Goiânia”, pontua.

Martelo é batido e tarifa da passagem não muda em 2023

Fábio ainda destacou que a CDTC determinou em reunião que ocorreu na última semana de dezembro que a tarifa deste ano permanecerá custando R$ 4,30. “Reunimos na semana passada e ficou decidido que não haverá aumento de tarifa esse ano. Justamente por conta desse aporte que os municípios e o Estado estão fazendo, entendemos que é suficiente para manter esse valor que deveria ser de R$ 7,20, R$ 7,15 e hoje é R$ 4,30. Esse valor é suficiente para cumprir essa defasagem”, concluiu.

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