‘Com restrições à bares e restaurantes, pessoas organizam festas clandestinas’, avalia presidente da Abrasel

Apesar de apoiar os esforços do poder público para conter a pandemia do novo coronavírus em Goiânia, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Goiás (Abrasel), Danillo Ramos, questionou se as medidas têm efeito prático. Hoje (28/05), a Prefeitura de Goiânia publicou novo decreto que estabelece restrição no horário de funcionamento dos estabelecimentos que terão de fechar a partir da próxima segunda-feira (31/05) às 17h.

“As pessoas deixam de ir para o bar ou restaurante e organizam festas clandestinas em outros lugares, muito mais difíceis até que a Prefeitura fiscalizar”, avalia. Para ele, falta conscientização e também a aceleração da vacinação. “O uso de máscara e distanciamento. As pessoas precisam ser conscientizadas disso. A vacinação também tem de vir e andar. É preciso acelerar a imunização das pessoas”, pontuou em entrevista ao Diário de Goiás.

Durante a reunião, a entidade apresentou a contraproposta de liberar a brinquedoteca e continuar com os 50% de capacidade para receber as pessoas. “Imagine um salão pequeno com capacidade para 10 mesas poder atender apenas 3 mesas? Vai punir em especial o restaurante pequeno”. A proposta foi ignorada pela Prefeitura de Goiânia que estabelece além da limitação do horário, 30% do atendimento no estabelecimento, além do limite de 4 pessoas por mesa.

Segundo Danilo, a situação já chegou ao colapso para o setor com bares e restaurantes acumulando dívidas e salários dos funcionários vencidos. “Nós da Abrasel temos um dado em relação ao setor: 72% dos bares e restaurantes estão com contas atrasadas. 86% deles, estão com dificuldades de cumprir folha de pagamento. O estrago já foi feito.”, destacou.