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Com receio de retaliação, Odebrecht desiste de pedido para atenuar pena

O ex-presidente e herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, entrou com uma manifestação no TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região) para suspender o recurso que havia impetrado no tribunal para rever sua condenação no caso da Petrobras.

Em 2016, ele foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelo juiz Sergio Moro por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A desistência aconteceu nesta terça-feira (15), um dia depois de a força-tarefa se reunir com defensores de Marcelo em Curitiba para tratar do tema. O pedido do encontro foi feito pela própria defesa do executivo.

Segundo um dos presentes, a conversa foi um acerto de ponteiro das duas partes e também um aceno de paz do empreiteiro.

Como a Folha de S.Paulo informou no sábado (12), investigadores relataram à reportagem que, se Marcelo insistisse em entrar com recursos na Justiça com esse propósito, iriam pedir que os benefícios concedidos a ele devido à delação premiada fossem suspensos.

Neste caso, Marcelo, que deve sair da prisão em dezembro de 2017, após cumprir dois anos e meio em regime fechado, poderia ter o tempo de encarceramento aumentado.

Procurada, a defesa do empreiteiro disse que diante do parecer do Ministério Público Federal afirmando que acordo de delação se aplicaria no caso, Marcelo desistiu do recurso.

Recurso

Marcelo Odebrecht solicitou que seus advogados entrassem com um recurso no TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região) questionando sua condenação no caso da Petrobras.

A defesa pediu ao tribunal para incluir depoimentos de alguns delatores na ação penal que trata da estatal. Principalmente as colaborações do próprio executivo. Para os advogados, as revelações ajudariam a atenuar a condenação do executivo, que quer tentar retornar ao comando do grupo Odebrecht.

Um dos objetivos de Marcelo com a iniciativa era que sua condenação por corrupção ativa fosse revista. Por isso, ele pretendia incluir o material da delação que mostra que ele não tratou de pagamentos ilícitos com diretores da Petrobras.

A procuradora do caso, Ana Luísa von Mengden, se manifestou contra o pedido do empresário. Para ela, a confissão não pode servir como atenuante da pena, pois foi feita depois da condenação. (Folhapress)

 

Thais Dutra

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