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| Em 4 anos atrás

Com reajuste de mais de 10% nos medicamentos, presidente do Conselho de Farmácia dá dicas para se livrar dos preços altos

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O brasileiro acostumou a conviver com constantes reajustes em diversos cenários da economia. Dessa vez foram os medicamentos que em plena pandemia do novo coronavírus tiveram seus valores reajustados. Desde esta quinta-feira (1º/04), os remédios tiveram acréscimos que podem chegar a 10,08%, segundo anúncio da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). 

A autorização para os aumentos de preço foi publicada na última quarta-feira (31/03) no Diário Oficial da União. Para driblar os altos reajustes, a presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO), Lorena Baía, deu algumas dicas, em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, na manhã desta sexta-feira (02/04).

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Baía destacou que o Governo Federal disponibiliza alguns programas para subsídio de medicamentos e que o farmacêutico pode orientar o consumidor neste sentido. “A gente tem programas do governo onde há subsídio de até 90% no custo total do medicamento. Temos o programa “Saúde não tem preço” dentro do programa “Aqui tem farmácia popular” então os nossos farmacêuticos podem orientar o consumidor, verificar se o produto faz parte da lista do programa ‘Saúde não tem preço’. A gente tem um leque de medicamentos para hipertensão arterial, asma, tratamento de osteoporose, fraldas geriátricas. Temos essa lista que é subsidiada pelo governo”, destacou

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O farmacêutico pode orientar o consumidor se há algum programa de bonificação feita pela indústria farmacêutica que produz o medicamento. Neste caso, é bom que o interessado em adquirir o remédio pergunte ao profissional da farmácia, para que ele possa orientar. “Temos o programa de bonificação de medicamentos que é concedido por diversos laboratórios e indústrias farmacêuticas. O farmacêutico pode te orientar também para você se cadastrar nesse programa para  você ter um desconto na aquisição se for o caso.”

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Baía também explica que o profissional farmacêutico também tem a capacidade de fazer a troca do medicamento para um genérico, com os mesmos efeitos do prescrito pelo médico, porém mais barato. “O farmacêutico é habilitado para fazer a substituição, caso o consumidor esteja de acordo para o medicamento genérico. São estratégias para reduzir o impacto financeiro na aquisição de medicamento e dessa forma promover o acesso do usuário aos medicamentos que ele precisa fazer uso”, destacou.

A presidente destaca que o impacto do reajuste, no entanto, pode demorar um pouco mais para ser refletido ao consumidor final. “Esse impacto do reajuste não vai ser sentido neste primeiro momento, nessa primeira semana, talvez até neste mês. Muitas farmácias trabalham com estoque grande de medicamentos e certamente esse reajuste vem em cadeia. A partir do momento que a farmácia vai renovar o seu estoque, ele pede ao distribuidor que já tem um preço reajustado pela indústria. Então, demora um pouco para chegar o reajuste ao consumidor. Mas se alguma farmácia quiser aplicar, ela já pode aplicar porque a legislação permite”

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.