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Aparecida de Goiânia
| Em 5 anos atrás

Com queda de 70% na receita, empresas do transporte coletivo aguardam socorro do Estado

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As empresas que operam o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia pediram socorro ao poder público ainda em abril, com uma ação judicial. Desde então, as negociações começaram e culminaram na elaboração de um plano emergencial que aporta R$ 23,5 milhões nas concessionárias.

Conforme o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET), Adriano Oliveira, o plano elaborado pelo governo estadual atende às concessionárias e é urgente.

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“Essa solução atende na medida em que ela recompõe o custo do serviço. Para nós, o importante é que seja aportado esse valor urgentemente. Nesse momento, com a queda da receita tarifária, não conseguimos sequer manter o serviço. Nesse momento, o que estamos buscando é unicamente manter um serviço de qualidade. Não estamos preocupados em recompor margem de lucro, remuneração de capital, de investimento. Nada disso. A preocupação é com a população. Esses R$ 23,5 milhões vão suportar o custo da operação”, afirmou.

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Conforme Oliveira, a queda da receita do transporte coletivo é hoje de aproximadamente de 70%, mas já chegou a superar 80% no início da crise sanitária. O sistema atendia cerca de 550 mil passageiros por dia, segundo o presidente do SET. Com a epidemia, chegou a 90 mil por dia e hoje se estabilizou em cerca de 150 usuários diários. Apesar da redução na demanda, conforme relata, não houve corte de custos.

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“Com essa redução (de passageiros), a receita caiu na mesma proporção. Há custos fixos que não são alterados e somos obrigados a manter o mínimo de frequência do serviço. Não temos como abandonar algumas linhas ou ampliar muito os horários. A gente tem que transportar somente os passageiros sentados. Isso faz nossa capacidade de transporte cair para praticamente um terço, especialmente no horário de pico. Estamos tendo que manter uma oferta a um custo muito alto, sem a devida receita. Há uma redução brusca de receita sem a natural contrapartida na redução do custo”, explicou.

O plano emergencial do governo estadual propõe que os R$ 23,5 milhões tenham a seguinte divisão: Estado de Goiás: 17,65%; Prefeitura de Goiânia: 41,18%; Prefeitura de Aparecida de Goiânia: 9,41%; Prefeitura de Senador Canedo: 8,24%; Demais Prefeituras da Região Metropolitana: 23,53%.

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A proposta ainda sofre um pouco de resistência das prefeituras, mas o SET diz que não interfere nessa discussão. “Dentro do poder público, não queremos ter nenhum desgaste para dizer qual seria a repartição. Entre eles deve haver uma concordância. O que o Estado propõe é com base na lei que criou o Codemetro. Cabe ao Estado e aos municípios sentar e negociar isso. Se os municípios entendem que essa não é a repartição correta, têm total liberdade de colocar outra forma e discutir isso”, ponderou Oliveira.

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