O Governo de Goiás apresentou, nesta quinta-feira (19), a Operação Goiás Alerta e Solidário. A ação é focada em estratégias de prevenção e socorro à população durante os meses de maior incidência de chuvas em Goiás. A previsão é de que entre o final de 2023 e início de 2024 o volume de chuvas seja de mais de mil milímetros, com impacto em sete vezes mais cidades do que nos anos anteriores.
Na Operação, o Governo contará com ação conjunta entre órgãos de assistência social, socorro e salvamento, e de prevenção a incidentes climáticos. De acordo com o governador Ronaldo Caiado (UB), a preocupação é em relação ao grande volume de chuvas concentradas. “Neste ano, nós teremos uma previsão aí com o efeito El Niño, de ter mais de mil milímetros de chuva. Em algumas regiões, num período muito concentrado”, destacou.
Com efeito, este ano, as ações se estenderão para diversas áreas do Estado de Goiás. “Num período curto você tem um volume enorme de água, então isso faz com que não seja apenas um comprometimento com maior frequência no Nordeste de Goiás, mas também no Centro e também na região Norte do Estado”, explica Caiado.
De acordo com o Subcomandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Pablo Frazão, as estratégias de atuação já foram definidas. “O planejamento envolve desde o contato com todos os órgãos. Nós temos que monitorar primeiro a questão do meio ambiente, então temos contato sempre com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, e ela nos traz os boletins sobre como vai ser a previsão meteorológica dos próximos dias. E adiante disso também tem o levantamento de todos os nossos batalhões e companhias das regiões, para ver as áreas de maior vulnerabilidade, onde nós podemos destacar o nosso pessoal para colocar a nossa força maior”, ressaltou.
O coronel destacou a ocorrência do fenômeno climático El Niño, que provocou alterações no clima de Goiás, causando chuvas em períodos que não eram esperados, como agora, entre os meses de setembro e outubro. Nesse sentido, a previsão é de que as chuvas comecem com mais intensidade no final de dezembro a começo de janeiro, porém, isso pode variar. “Com a questão do El Niño está tendo várias mudanças.Tanto é que nós esperávamos uma estiagem muito grande, nós preparávamos o nosso pessoal para combate a incêndio nesse período (setembro a outubro)”, ressalta.
Conforme o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, a combinação de calor e umidade provoca uma frequência maior de tempestades, fator preocupante para o período entre final e começo do ano. De acordo com ele, as chuvas vão começar já na próxima semana. “Na próxima semana temos aí já algumas pancadas de chuva. A situação é que, infelizmente, temos situação de calor, isso preocupa porque nós podemos ter tempestades. Esse finalzinho de outubro e começo de novembro vai ter chuvas em praticamente todas as regiões”, destaca.
De olho nas previsões, os Bombeiros se preparam para treinamento em atendimento a chamados de alagamentos e desastres relacionados ao período chuvoso. “Nos períodos de chuva, nós esperamos alto índice pluviométrico, chuvas em determinadas regiões onde vão ter um volume muito grande de água, então poderá ocasionar também além dessas chuvas fortes, vendavais, aí tem alagamentos, enxurradas, então nossa equipe está toda planejada e voltada para isso”, pontua Coronel Frazão.
O Goiás Alerta e Solidário focará os trabalhos em 31 cidades que estão dentro de zonas de maior incidência de chuvas e também de maior vulnerabilidade. São elas as cidades: Carmo do Rio Verde, Guarinos, Itapaci, Nova América, Pilar de Goiás, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, São Patrício, Goianésia, Vila Propício, Santa Isabel, Hidrolina, São Luiz do Norte, Heitoraí, Itapuranga, Uruana, Guaraíta, Itaguaru, Colinas do Sul, Niquelândia, Campinaçu, Formoso, Planaltina, São João d’Aliança, Padre Bernardo, Teresina de Goiás, Cavalcante, Alto Paraíso de Goiás, Flores de Goiás e Posse.