A presidente para o Brasil da americana Exxon, Carla Lacerda, afirmou nesta quarta (3) que a companhia quer aproveitar os leilões de petróleo previstos para este ano para “tentar de novo” no país.
Entre as gigantes mundiais do petróleo, a Exxon é a que tem a menor atuação no Brasil, com presença em apenas dois blocos exploratórias em Sergipe e no Rio Grande do Norte -uma “modesta participação”, nas palavras da executiva.
Quarta maior petroleira do mundo, segundo a Forbes, a Exxon chegou a ter uma participação mais agressiva nos primeiros leilões após a abertura do setor -chegou a operar uma área na região do pré-sal-, mas não obteve descobertas comerciais de petróleo.
“Não foi por falta de tentar”, disse Lacerda, em discurso para uma plateia de executivos do setor em Houston, nos Estados Unidos. “Mas vamos tentar novamente nos próximos leilões”, completou.
O governo vai promover neste ano três leilões -dois com áreas no pré-sal e um com foco no pós-sal.
Lacerda não detalhou como se dará a participação da companhia, mas disse que as mudanças promovidas recentemente pelo governo motivam a decisão de analisar os leilões.
Ela citou especificamente o fim da exclusividade da Petrobras na operação de áreas do pré-sal e a redução das obrigações de compras de bens e serviços no país, pleitos antigos das petroleiras que foram atendidos pelo governo Temer.
Também presente ao evento, o presidente para o país da Chevron, a 11ª maior, Javier de La Rosa, disse que a empresa também avaliará os leilões e que o Brasil está apresentando “oportunidades reais” às petroleiras.
Ele também elogiou as mudanças promovidas na legislação. Segundo o executivo, a Chevron e o governo “estão alinhados”.
O presidente da Chevron disse ainda que a companhia planeja crescimento no país também por meio de investimentos em seus ativos atuais. A companhia é operadora do campo de Frade, na Bacia de Campos. (Folhapress)