As maquininhas de cartão, antes limitadas ao recebimento de pagamentos em débito e crédito, estão evoluindo para atuar como plataformas de serviços financeiros, impulsionadas pelo crescimento do PIX e outras tecnologias.
Nos últimos anos, o mercado financeiro passou por profundas transformações, e as maquininhas de cartão, que antes desempenhavam um papel limitado na captação de pagamentos, agora se posicionam como importantes plataformas de serviços. Com o surgimento do PIX e a popularização de novas tecnologias, há quem diga que o futuro das maquininhas estaria ameaçado. No entanto, especialistas do setor acreditam que essas máquinas estão longe de desaparecer.
Segundo o Antônio Freixo, CEO da Entrepay empresa adquirente do setor financeiro, as maquininhas têm passado por uma transformação significativa, integrando-se a um ambiente de serviços. “Hoje, uma maquininha não é apenas um dispositivo de pagamento; ela pode oferecer uma série de serviços adicionais, como pagamento de boletos, recarga de celular, e até seguros e microcrédito”, afirma.
Essa nova fase das maquininhas é possibilitada pela introdução de sistemas operacionais como o Android nas máquinas, permitindo a instalação de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações) que oferecem diferentes funcionalidades aos lojistas. O movimento torna possível que, além de receber pagamentos, o comerciante se torne um prestador de serviços, ampliando suas fontes de receita. “É uma forma de democratizar o acesso a serviços financeiros, especialmente para pequenos e médios empreendedores”, explica o CEO.
A tendência, portanto, não é o fim das maquininhas, mas sua reinvenção. Com a expansão do Open Finance, essas plataformas poderão se conectar a múltiplos bancos e fintechs, ampliando ainda mais o leque de serviços disponíveis. Segundo o executivo da Entrepay, essa abertura vai permitir que o lojista tenha uma experiência mais completa e diversificada ao oferecer microcréditos, seguros e outros serviços financeiros diretamente ao consumidor.