O juro médio cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 163 pontos percentuais em 2017, na comparação com 2016, e está mais próximo das taxas cobradas no cheque especial, informou o Banco Central nesta segunda-feira (29).
A taxa total para quem entra no rotativo passou de 497,7% ao ano em dezembro de 2016 para 334,6% no ano passado. O cheque especial foi de 328,6% para 323% ao ano.
O rotativo tem a taxa mais elevada do segmento e também a mais alta entre as avaliadas pelo BC.
Em abril de 2017, o CMN (Conselho Monetário Nacional) adotou mudanças que proibiram os bancos de deixarem clientes na linha mais cara do mercado por mais de 30 dias. Com isso, quem não consegue quitar integralmente a fatura depois de um mês no rotativo tem a dívida parcelada com juros menores.
A ideia do governo era permitir que os juros do rotativo recuassem com o risco da inadimplência, teoricamente, menor a partir da migração para o parcelado.
Para quem faz o pagamento mínimo da fatura (15%) no prazo, de fato, as taxas do chamado “rotativo regular” caíram pela metade, de 465,6% ao ano em 2016 para 233,8% em 2017.
Quem está inadimplente, porém, segue com taxas altas: o impacto foi menor, de 519% ao ano para 401,4% no chamado “rotativo irregular” (quem não fez o pagamento mínimo). Mais de 60% do crédito rotativo para pessoa física estava nessa categoria em 2017. (Folhapress)