(Com informações de Thiago Martins, no Portal 730)
Não tinha como não ser o dia dele. Depois de fazer a pole, ganhar um belo troféu com homenagem ao ídolo Senna, Barrichello completou o final de semana perfeito. Foi em um “Domingo de Manhã”, música que Barrichello pediu para comemorar caso vencesse, que Rubinho quebrou o tabu do pole nunca ter vencido a Corrida do Milhão e papou o prêmio milionário.
O prêmio só veio com muita luta e muito suor escorrido na disputa com Thiago Camilo, que chegou com meio carro de distância e valorizou a vitória de Barrichello. Galid Osman, que conseguiu passar por Átila Abreu nas voltas finais, ficou com a segunda posição. Na classificação, Átila Abreu lidera com 76 pontos, seguido por Thiago Camilo, com 72, Julio Campos, com 71 e Barrichello, que agora tem 69 pontos.
Confira como foi a Corrida do Milhão
A largada foi bem limpa, com os ponteiros se mantendo na posição que iniciaram a prova e com Barrichello logo mostrando o bom rendimento e abrindo boa vantagem. Os sete pilotos que largaram dos boxes, entre eles o goiano Wellington Justino, tinham a missão de correr atrás do prejuízo. A briga maior era no meio do grid, com destaques para a queda de Cacá Bueno, perdendo seis posições, e a boa subida de Felipe Fraga, ganhando de cara cinco posições e subindo para 15º.
Barrichello, Camilo e Osman foram celebrar a grande corrida com o público (Foto: Thiago Martins) |
O primeiro abandono foi de Vitor Genz, da Boettger, que escapou na pista e parou nos boxes na volta seguinte. Enquanto isso, na frente, Valdeno Brito conseguiu a passagem pra cima de Júlio Campos, mas logo na volta seguinte, a 8ª, Thiago Camilo mostrou potência e deixou os dois para trás. Como a parada para troca de pneus era obrigatória até a volta 14, a movimentação nos boxes foi intensa. Barrichello e Thiago pararam na volta 12, e Rubinho voltou na ponta, o que rendeu comemoração no boxe.
Thiago Camilo, que havia voltado atrás de Átila, precisou de apenas mais duas voltas para fazer a ultrapassagem e pular para a vice-liderança, iniciando uma caça à Barrichello. Pizzonia, que então liderava, e Felipe Fraga, foram os últimos a pararem, ambos na volta 14. A partir daí, começaram as paradas para reabastecimento, com Átila parando logo na volta 19 e perdendo contato com os dois primeiros.
Barrichello parou primeiro, Thiago Camilo parou na volta seguinte e a ordem não se alterou nos boxes. Mas, a partir daí, foi um show protagonizado pelos dois. E mesmo no show, a estratégia teve um peso determinante. Thiago Camilo, que era mais rápido, conseguiu a primeira ultrapassagem na volta 28, usando o chamado “push”, uma espécie de botão turbo que aumenta o giro do motor e permite grande arranque.
Thiago tinha dois “turbos”, enquanto Barrichello tinha três. Na volta 29, Barrichello deu o troco, mas na 30ª, Camilo conseguiu passar outra vez. Na volta 31, a disputa foi além da curva 1, Camilo espalhou e Rubinho, por dentro, conseguiu a ultrapassagem decisiva na curva 2. Duas voltas depois, Barrichello utilizou o último “push” e abriu boa distância, conseguindo ir até o fim na ponta, ainda que Thiago tenha apertado e chegado apenas com meio carro de distancia.
Foi um espetáculo para a torcida goiana, que lotou as dependências do Autódromo e conferiu um Barrichello que parecia menino comemorando, dando zerinhos e até abrindo a porta do carro no fim da reta. Na briga pelo 3º lugar, Átila Abreu perdeu rendimento e Gallid Osman, companheiro de Thiago Camilo, completou o pódio.