Com Lula na frente, XP muda formato e periodicidade de pesquisa, mas nega cancelamento

A XP Investimentos está enfrentando uma pequena crise na internet após reformular a parceria feita com a empresa de pesquisas Ipespe. A história começou quando a empresa, segundo a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, cancelou a divulgação de pesquisa do Ipespe que estava sendo publicada semanalmente e que vinha mostrando o ex-presidente Lula (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL). Na sondagem divulgada na semana passada, o petista aparecia com 45%, contra 34% do atual presidente da República.

Além do possível cancelamento, o que gerou críticas de apoiadores de Lula, agora apoiadores de Bolsonaro estão acusando a XP de se reunir com o petista e vendendo dados. Com isso, a empresa decidiu que os levantamentos financiados serão divulgados mensalmente, não mais de 7 em 7 dias –como vinha sendo feito.

De acordo com a corretora, a decisão visa a levar seus clientes a tomarem “melhores decisões sobre investimentos”. O número de entrevistas, que era de 1.000 eleitores, também será ampliado. em relação ao cancelamento, a XP tem negado veementemente, principalmente nas redes sociais. A empresa diz:

“A XP nega que a pesquisa será cancelada e ratifica que contrata diversos tipos de pesquisas de diferentes institutos com o intuito de auxiliar seus clientes a tomarem as melhores decisões sobre investimento. A realização das pesquisas terá periodicidade mensal, com número de entrevistas ampliado em relação às realizadas nos levantamentos anteriores, oferecendo uma ferramenta ainda mais ampla para que os investidores compreendam o cenário eleitoral e seus impactos no mercado.”

Também por conta do ataques de internautas, tanto apoiadores de Bolsonaro quanto de Lula, na segunda-feira (6) A XP precisou, também, se posicionar sobre política, dizem que não apoia nenhuma candidato. “Não apoiamos nenhum candidato, partido ou corrente política. Como forma de contribuir para um Brasil melhor, sempre nos dispomos a oferecer a nossa visão sobre o ambiente de negócios no país com diferentes pessoas públicas sem que isso signifique apoio a qualquer candidatura”, publicaram no Twitter.