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Com judicialização na mesa, Gustavo Mendanha quer diálogo para solução de problemas do transporte coletivo

Com o debate do plano emergencial do transporte coletivo judicializado por parte da Prefeitura de Aparecida de Goiânia que não concordou com questões em torno dos aportes para as operadoras, o prefeito Gustavo Mendanha (sem partido) não quer se furtar da responsabilidade em ajudar a resolver o problema. Ele quer sentar à mesa para discutir e ir atrás de uma solução para uma discussão que não é nova e na prática, parece distante de ser resolvida.

Em entrevista por meio de videoconferência ao Diário de Goiás, nesta terça-feira (23/11), ele explicou os motivos pelos quais não concordou com as diretrizes do Plano Emergencial proposto pelo Ministério Pùblico do Estado de Goiás (MPGO) no sentido de ajudar as empresas do transporte coletivo da Região Metropolitana a sobreviverem. O presidente do SET, Adriano Oliveira, revelou ao DG que se não fosse o aporte, as empresas sucubiriam.

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Mendanha alegou que a discussão não foi tomada de forma ampla e não houve ‘comum acordo’ entre as prefeituras. “Infelizmente, as coisas acontecem sem diálogo, que é uma prática deste governo querendo impor decisões, como foi em relação à pandemia e a forma como o empresário foi tratado. Entendo a necessidade, sempre fui um defensor de se criar um fundo, fiz isso em vários momentos, inclusive com a criação de uma receita nova para aplicação de um fundo para custear o transporte”, explicou. O fundo de transporte já esteve na pauta em outras ocasiões, mas no momento, segue engavetado.

No entanto, Gustavo Mendanha quer mirar o futuro e o passado, está nas mãos da Justiça resolver. “Eu não vou me furtar de poder participar das discussões daqui pra frente, mas daqui pra trás, vai ter de ser uma decisão da Justiça porque não fui ouvido nesta questão”, ponderou.

Transporte coletivo: união de todos, avalia Mendanha

Uma solução para o transporte coletivo demanda atenção de todos os atores públicos que estão envolvidos e se beneficiam direta ou de forma indireta do processo. “Eu acho que todos têm de participar. Eu sei que o Estado tem mais condições que vários municípios que passam por muitas dificuldades”, pontuou. Por isso, não se pode encontrar uma solução que onere demais aqueles que moram distantes da capital, mas que estão em cidades que fazem parte da Região Metropolitana.

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Para que não haja preços altos demais, Mendanha defende que o Estado arque com maiores custos operacionais. “O Estado tem sim, muita condição, tem superávit, deixou de pagar uma dívida externa, acho que o Estado pode colaborar sim, principalmente com os municípios que tem menor condição de fazer isso.  Os outros municípios vão fazendo seus aportes, desde que seja discutido, dialogado e as decisões sejam compartilhadas, que todos sentem na mesa”, pontua.

Exemplo de Barcelona

Mendanha esteve num tour recente pela Europa e em Barcelona pôde conhecer melhor o formato do transporte coletivo tocado na capital catalã. “Em Barcelona, pude conversar com alguns operadores do transporte, existe a contrapartida por parte do governo catalão para subsidiar e é claro, de alguma forma fazer com que as pessoas deixem de utilizar os veículos de passeio para usar o transporte público. Eu acho que os prefeitos têm de estar antenados, preocupados, por toda uma questão de sustentabilidade e principalmente, para facilitar a vida das pessoas”, ponderou.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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