O Governo de Goiás assinou termo de cooperação com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) para administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O anúncio, feito nesta quarta-feira (28), firma vínculo regular com a entidade, que já administra o Hospital mediante contrato emergencial desde 4 de junho deste ano e, agora, além da gestão definitiva também será responsável pelas obras de reestruturação e ampliação da unidade hospitalar.
A nova gestão do Hugo, sob tutela do Albert Einstein, tem foco na modernização da instraestrutura e do atendimento. Para isso, o Governo do Estado vai investir R$ 100 milhões em intervenções que vão garantir modernização de todos os espaços e ampliação de setores como Ambulatório e Pronto-Socorro, além da reestruturação de leitos de UTI, reformas de centro cirúrgico e nova subestação elétrica.
Do valor total detalhado pelo governo, R$ 60 milhões serão destinados às obras, R$ 35 milhões para aquisição de equipamentos médicos, assistenciais e mobiliários e R$ 5 milhões para modernização tecnólogica da unidade. Os recursos serão advindos do Tesouro Estadual.
O governador Ronaldo Caiado (UB) detalhou a importância dos investimentos para o funcionamento da unidade hospitalar. “Estamos fazendo avanços significativos na implantação e também na ampliação de leitos de UTI, como também na remodelação de todos os centros cirúrgicos. Também na instalação de uma ressonância magnética, fundamental para um hospital de urgência e também a hemodinâmica, o que dará alternativa ao colega médico poder avançar não só na qualidade do atendimento, mas também em salvar muitas vidas acometidas com problemas vasculares”, explicou.
Caiado aproveitou para ressaltar o avanço alcançado com a parceria com o Albert Einstein, que possui renome internacional. “Como essa organização social você tem um a outro tipo de estrutura, ou seja, eles vêm de estruturas próprias, de poder mostrar que eles não estão ali só para gerir, mas eles conhecem a realidade, sabem como tocar, têm uma experiência de vida, não têm só a teoria. E além do mais, trazem também toda a responsabilidade do nome que eles representam perante a medicina brasileira e internacional”, elencou o governador.
O presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, ressaltou que, durante os quase três meses de gestão no Hugo já foram implementadas algumas melhorias, entre elas, o uso de protocolos de qualidade para evitar complicações e a realização de uma média de 30 cirurgias diárias, totalizando em torno de 780 cirurgias e 1.500 atendimentos na emergência no Hugo, até agora. Além disso, foi criada uma unidade do ensino Einstein para formação médica na capital e instalado um aparelho de tomografia, doado pelo Albert Einstein.
Klajner destacou também a realização de mutirões de cirurgias e o potencial de redução da fila de espera por procedimentos eletivos no Estado. “Com práticas de qualidade, com o hospital funcionando a todo vapor e não com 60% dos leitos, como foi emergencialmente até este momento, e com o investimento que o Governo de Goiás deve fazer para ampliar a capacidade do Centro Cirúrgico e também da UTI, que faz a retaguarda, e com a ampliação de dois mutirões que já foram feitos, a gente vê a capacidade de diminuição dessa fila de forma bastante drástica”, pontuou o presidente.
A gestão Einstein também vai propiciar a reestruturação dos atendimentos de Pronto-Socorro nas unidades estaduais, em outros municípios. O Secretário Estadual de Saúde, Rasível Santos, explica que a medida é fundamental para que não haja superlotação do Hugo. “Estamos fazendo a integração de todos os hospitais. Criamos um fórum, que o Einstein participa juntamente com o Hugo, que é exatamente para trabalharmos a integração e não termos pontos de estrangulamento na rede. É preciso esse planejamento, para que ele trabalhe sem sobrecarregar o Hugo”, elucida.
Com a regionalização da Saúde, proposta pelo Governo do Estado, a intenção é criar unidades de urgência e emergência em pontos específicos do Estado, de modo a agilizar o atendimento e assim, salvar mais vidas. “85% dos casos de cada uma das cinco macrorregiões são resolvidos dentro da macrorregião, ou seja, a gente também evita esse fluxo desnecessário do interior para Goiânia e resolve com o paciente mais próximo da residência dele”, pontua Rasível.