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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Com impasse, Temer avalia adiar trocas ministeriais para dezembro

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Mais uma ponta do novelo de supostos pagamentos de propina a cartolas do futebol sul-americano começou a ser destrinchada no julgamento do escândalo de corrupção da Fifa, que entra em sua terceira semana em Nova York, nos EUA.

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Depois do depoimento bombástico do empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-homem forte da empresa de marketing esportivo Torneos y Competencias, Santiago Peña, responsável pelas finanças da Full Play, outra empresa argentina, depôs sobre valores que teriam sido pagos a presidentes das federações com assento na Conmebol.

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De acordo com Peña, US$ 15,3 milhões em propina foram pagos relativos à edição de 2015 da Copa América -US$ 3 milhões ao presidente da Conmebol, US$ 3 milhões ao chefe do futebol argentino, US$ 3 milhões ao representante brasileiro na federação do continente, US$ 6 milhões a cartolas de seis países, o chamado Grupo dos Seis, e US$ 300 mil ao então secretário-geral do órgão.

Peña não deu detalhes sobre qual cartola brasileiro teria recebido propina -na época, Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, ocupava o assento do Brasil na Conmebol, mas José Maria Marin, que agora está sendo julgado em Nova York, atuava como o chefe do futebol brasileiro.

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“Os pagamentos eram relacionados a conseguir influência e lealdade dos presidentes”, afirmou Peña. “Eram pagamentos secretos, registrados numa planilha de Excel gravada num pen drive. Tudo isso ficava registrado como ‘cuentas’ e ‘pagos’.”

Essa planilha foi mostrada aos jurados na Corte de Justiça do Brooklyn em detalhe. Nela, cada cartola era identificado com o nome de uma marca de carro. Honda, por exemplo, era uma referência a Juan Ángel Napout, ex-chefe do futebol paraguaio e ex-presidente da Conmebol, e Fiat era Manuel Burga, ex-chefe do futebol peruano.

Nenhum brasileiro é citado no arquivo em questão.

O depoimento de Peña corrobora o que foi dito por Burzaco, outra testemunha da acusação, na semana passada. A Full Play, empresa para a qual Peña trabalhava, formava parte da Datisa ao lado da brasileira Traffic e da argentina Torneos y Competencias.

Essa joint venture, segundo as testemunhas, era a responsável pelos pagamentos relativos a propina atrelada à transmissão das edições de 2015, 2019 e 2023 da Copa América, além de uma edição especial do torneio, realizada no ano passado, nos Estados Unidos. (Folhaprees)

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