A fase de ouro do Corinthians começou com uma eliminação. Em 2012, a queda nas quartas de final do Campeonato Paulista, contra a Ponte Preta, marcou a saída do goleiro Julio Cesar do time. Entrou o goleiro Cássio, protagonista das sete conquistas desde então.
A última, o Brasileiro de 2017, o coloca como um dos possíveis goleiros da seleção brasileira na Copa da Rússia. “Se eu for chamado, vai ser pelo que fiz no Corinthians”, diz o atleta de 30 anos. Nesta quarta-feira (15), Cássio e os demais jogadores conquistaram -de forma antecipada e em casa- o título do Campeonato Brasileiro contra o Fluminense por um placar de 3 a 1.
Com Cássio na posição de titular, o Corinthians venceu dois brasileiros (2015 e 2017), uma Libertadores (2012), um Mundial (2012), uma Recopa Sul-Americana (2013) e dois Paulistas (2013 e 2017).
Ele mesmo reconhece ter oscilado em 2016. Passou por problemas pessoais e chegou a perder a titularidade para Walter. Uma das primeiras decisões que Fábio Carille tomou, ao assumir o comando da equipe, no final do ano passado, foi anunciar que Cássio seria o titular.
O Corinthians é campeão brasileiro com a melhor defesa do torneio, como já havia acontecido em 2015. Cássio voltou a ser visto como o líder da defesa e um dos nomes mais importantes do time. No ano passado, ele quase foi negociado com o Grêmio.
COMEÇO
“Desde o início do ano, na Florida Cup [competição de pré-temporada nos Estados Unidos] deu para perceber que havia alguma coisa boa acontecendo. A campanha no Brasileiro foi consequência. A gente oscilou, como toda equipe oscila, mas foi fiel a um estilo, manteve padrão de jogo”, disse o goleiro.
Contratado em dezembro de 2011, quando saiu do PSV (HOL), Cássio colocou seu nome como um dos maiores goleiros da história do clube não só pelos títulos que conquistou, mas por lances que protagonizou.
“Saber que o Cássio está ali atrás, no gol, dá uma segurança a mais para a defesa”, analisa Guiherme Arana, outro destaque do Corinthians na temporada.
As atuações do goleiro no Brasileiro deste ano primaram pela regularidade. Não houve um momento específico para marcar a campanha. Nada como a defesa contra Diego Souza, diante do Vasco, nas quartas de final da Libertadores de 2012.
Ou a defesa com a perna em arremate à queima-roupa de Fernando Torres na decisão do Mundial. Torneio em que Cássio foi eleito o melhor jogador e o destaque da final.
Quase seis anos após ter sido contratado, Cássio consegue manter a média de títulos superior a um por temporada. No atual elenco de Fábio Carille, ele é o último remanescente da equipe que ganhou Libertadores e Mundial e deverá estar presente em 2018, quando o clube tentará repetir o feito.