Com a escalação titular apenas pela segunda vez no Campeonato Brasileiro, o Corinthians mostrou mais do mesmo. Um futebol sólido, de poucas falhas defensivas e mortal ao receber chances. Com a vitória por 3 a 0 nesta quinta (22) sobre o Bahia, a equipe manteve a liderança invicta do torneio. Chegou aos 23 pontos.
No domingo (25), o clube paulista vai a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio, segundo colocado.
As duas equipes encontraram espaço para jogar, especialmente no primeiro tempo. Não fosse pela boa noite de Cássio, o Bahia teria aberto o placar. A melhor oportunidade aconteceu aos seis minutos, quando Zé Rafael apanhou rebote na entrada da área e chutou forte no canto esquerdo. O goleiro corintiano espalmou.
O Bahia buscava a troca de passes curtos e os arremates de média distância sempre que havia condições. O Corinthians tentava lançamentos mais longos para Jô ou Romero. Foi assim que o gol quase saiu aos 23min, quando o paraguaio não foi fominha e serviu ao centroavante, que estava sozinho na área. Ele chutou por cima.
Apesar de atuar como visitante, os baianos se postavam em campo do jeito que o Corinthians gosta: atacando e, ao mesmo tempo, oferecendo espaços para o contra-ataque. Geralmente, o time paulista consegue isso fora de casa. Não no Itaquerão. Na segunda chance que recebeu, Jô não desperdiçou.
Fagner fez grande jogada individual, se livrou na marcação e deu passe para o atacante. Ele escapou da linha de impedimento, driblou o goleiro e tocou para o gol aberto. A equipe sabia aproveitar a liberdade que o Bahia dava aos meias e, se Rodriguinho estivesse mais inspirado, mais gols teriam saído antes do intervalo.
O segundo tempo começou com o domínio do Bahia. Mas apesar da posse de bola e de controlar as ações não conseguia criar chances. O time nordestino precisava de um golpe de sorte. Este pareceu ter chegado aos 11min. Gabriel fez falta em Vinicius, recebeu o segundo amarelo e acabou expulso. Foi o primeiro vermelho recebido pelo volante ex-palmeiras desde a chegada no Parque São Jorge.
A alegria durou pouco. Quatro minutos depois, Renê Júnior derrubou Fagner e, como também já havia sido advertido, recebeu o cartão vermelho. Os dois times ficaram com dez jogadores em campo.
Foi o momento em que o Corinthians tomou as rédeas da partida e o Bahia parou de incomodar. Mas em vez de buscar o segundo gol, os donos da casa começaram a diminuir o ritmo o jogo e tocar a bola de um lado para o outro. Uma atuação clássica do Corinthians de Fábio Carille, um time que sabe o que quer e qual a melhor maneira de chegar lá.
O segundo gol aconteceu, eventualmente. Foi aos 34min. Romero desviou de cabeça cobrança de escanteio e a bola ficou para Balbuena, dentro da pequena área, empurrar para a rede. Era fim de jogo, pelo menos na teoria. Porque na prática, havia tempo para mais um. Aos 47min, Marquinhos Gabriel roubou a bola e encobriu o goleiro para anotar o terceiro.
Carille ficou feliz especialmente com essa última jogada. Ele colocou na cabeça que precisa recuperar o futebol do meia-atacante, que viveu de altos e baixos no clube até agora.
CORINTHIANS
Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo, Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho (Camacho); Romero, Jô (Kazim). T.: Fábio Carille
BAHIA
Jean; Eduardo, Tiago, Rodrigo Becão, Matheus Reis; Renê Júnior, Feijão, Vinícius (Régis), Allione (Gustavo); Zé Rafael, Edigar Junio (João Paulo). T.: Jorginho
Estádio: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Público total: 34.494 (público pagante: 34.250)
Renda: R$ 1.504.387,20
Juiz: Dewson Freitas da Silva (PA)
Cartões amarelos: Alione, Rodrigo Becão e Renê Júnior (Bahia); Gabriel, Balbuena e Romero (Corinthians)
Cartões vermelhos: Renê Júnior (Bahia); Gabriel (Corinthians)
Gols: Jô, aos 24min do primeiro tempo; Balbuena, aos 34min, e Marquinhos Gabriel, aos 47min do segundo tempo