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Na faixa em que exibiu entrevista com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), na noite desta quinta-feira (4), entre 22h05 e 22h32, o Jornal da Record marcou 13,6 pontos de média de audiência.

Foi mais do que a metade da média que atingiu o debate com os candidatos concorrentes, na Rede Globo, que ocupou horário entre às 22h de quinta e a 1h desta sexta (5).

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A pontuação do encontro entre os candidatos conduzido por William Bonner ficou em 22 pontos. Medidos pela Kantar Ibope, os índices são referentes à Grande São Paulo.

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Cada ponto equivale a 72 mil domicílios. Com a entrevista, a Record ficou em segundo lugar isolado e bateu recorde de audiência, segundo divulgou a própria emissora.

A entrevista com Bolsonaro foi anunciada no início da noite, quatro horas antes de ser exibida, e foi marcada por um tom ameno. O bispo Edir Macedo, dono da Record, já havia anunciado apoio ao candidato no dia 28 de setembro pelo Facebook.

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Quando souberam da entrevista no mesmo horário do debate programado pela concorrência, advogados de Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) chegaram elaborar petições para barrar a entrevista no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas recuaram a pedido dos candidatos, que não quiseram desgastar suas imagens com a emissora.

No TSE já há cinco ações contra a Band TV pela mesma razão. A emissora transmitiu entrevista de 46 minutos com Bolsonaro no programa Brasil Urgente no dia 28 de setembro. As representações na Justiça foram registradas por outros candidatos, entre eles Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL).

 

Também há representações contra a rádio Jovem Pan, que fez entrevista de 26 minutos com Bolsonaro no último dia 24.

A lei estabelece que “é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação”.

Segundo juristas ouvidos pela reportagem, o que poderia caracterizar tratamento privilegiado na entrevista exibida pela Record seria o espaço dado a um único candidato na TV, a depender do tempo total dedicado a ele e do tom da conversa. A lei, porém, não impõe nenhum limite específico de minutagem.

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