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Com a presença de Tite, Pia Sundhage é apresentada como técnica da Seleção Feminina

O trabalho já começou. Após dar início à sua trajetória na Seleção Feminina, a sueca Pia Sundhage foi apresentada nesta terça-feira. Animada com a oportunidade de treinar o Brasil, a técnica foi introduzida ao palco do auditório da CBF pelo Presidente Rogério Caboclo.

– A Pia vai fazer um trabalho de revolução no futebol feminino no Brasil. Ela vai ser responsável por renovar a Seleção, trazer opiniões e falar sobre as competições no Brasil – ressaltou o Presidente.

O Presidente Rogério Caboclo já conhecia o extenso currículo de Pia no futebol feminino. Mas foi em abril deste ano que ele passou a admirá-la ainda mais. Após palestra no Somos Futebol, a sueca demonstrou toda sua paixão pelo futebol em uma conversa com Caboclo e mostrou porque era uma das melhores pessoas para assumir este novo momento da Seleção Feminina.

– Sempre conheci a categoria e o currículo da Pia. Mas confesso que, quando tive um encontro pessoal com a Pia, ela me surpreendeu por sua alegria de falar sobre futebol. Naquele momento, eu, que não peço para tirar foto com ninguém, pedi para tirar foto com a Pia. Talvez algo me dizia que ela poderia ser o futuro do futebol feminino no Brasil. Quebrando alguns paradigmas, eu não sabia quando, nem por quê, mas imaginei que aquela treinadora poderia convergir com a essência do futebol do Brasil. Ela como a melhor treinadora e nós como o melhor futebol – destacou.

Durante a apresentação, Pia ressaltou que ainda está se familiarizando com as características do nosso futebol. Mas o desafio a move. Fã confessa do futebol brasileiro e da categoria de nossas jogadoras, a bicampeã olímpica destacou a felicidade em trabalhar com um elenco tão qualificado.

– Estou respirando futebol, é um grande passo para mim. Estou muito orgulhosa e feliz com o fato de olhar ao lado e ver gente muito solícita. Vou trabalhar muito, vou dar o meu melhor e para fazer isso, você precisa de um grande time. E o Brasil é um grande time. Na Copa, a diferença entre ter sucesso ou não é muito pequena. Estou muito animada – declarou a nova técnica da Seleção Feminina.

Presente nas últimas três finais olímpicas de futebol feminino, Pia sabe que o Brasil precisa passar por algumas transformações dentro e fora de campo. A técnica, no entanto, valorizou tudo que foi feito até o momento e sabe que é preciso entender o que foi construído para poder evoluir nosso futebol a partir deste ponto.

– O maior desafio é: a Seleção Brasileira precisa mudar, mas eu não acho que tem que ser muito radical, porque se não perderemos a confiança. O Brasil jogou bem na Copa do Mundo. Também não pode ser uma mudança pequena. Chego aqui com uma experiência diferente para balancear essa transformação. É claro que já estudei muito os jogos e preciso ser muito respeitosa a respeito das forças da equipe e modificar os pontos fracos – analisou.

Desenvolvimento da base

Eu tenho que lembrá-los que se você quer melhorar alguma coisa, você tem que fazer a abordagem passo a passo. Estou aqui há dois dias e é importante que você priorize certas coisas. Meu primeiro passo é entender como as coisas funcionam. Eu trabalhei com jogadoras de 16 e 17 por um ano e meio, eu sei o que é necessário para o desenvolvimento. Se você quiser que a Seleção jogue um futebol de excelência, você precisa do sub-20 e sub-17 jogando muito bem também. Eu prometo a vocês que vai haver uma resposta, que será passo a passo. Temos que priorizar algumas coisas e garantir que no Brasil tenhamos as mais jovens jogando muito bem cedo ou tarde.

Primeira estrangeira na Seleção Brasileira

Eu amo futebol, amo desafios, se não eu não me colocaria à disposição desse trabalho maravilhoso. Nos Estados Unidos, foi parecido. Eles nunca tinham tido uma técnica estrangeira antes e fui eu. Eles também tinham jogadoras excelentes. Não sou especialista em responder perguntas, mas meu coração futebolístico será o bastante para fazer essa equipe brilhar ao máximo. Nunca estou sozinha e uma equipe de outros técnicos será importante para mim.

Pressão por títulos

É um privilégio jogar sob pressão, como treinadora também. Quando comecei a jogar, não tinha nem mídia. Quando voltei para a Suécia, com a medalha de bronze, nada também aconteceu. A mídia é importante para mostrar que o futebol feminino é importante. Vou dar o meu melhor. Fico muito feliz de vocês fazerem essas perguntas. Porque lá no início, ninguém fazia perguntas e se interessava pelo futebol feminino. Agradeço a vocês.

Diario de Goiás

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