Uma proposta que deve diminuir a tarifa do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia foi apresentada nesta terça-feira (13/08) pela Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo ao governador Ronaldo Caiado (DEM) e ao prefeito Iris Rezende (MDB). A desoneração da tarifa do transporte coletivo também foi discutida na reunião que aconteceu hoje no Palácio Pedro Ludovico.

O presidente da companhia Bejamin Kennedy teve a oportunidade de apresentar a proposta para Ronaldo Caiado e Iris Rezende. A ideia é acrescentar uma taxa embutida no licenciamento anual do veículo.

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O novo método tarifário será um auxílio para manutenção de gratuidades existentes no transporte público, além de diminuir a tarifa que o usuário vem pagando.

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“Então nós incrementamos uma taxa anual de R$ 5,41 mensais de cada veículo automotor e estaremos aplicando esse recurso através do fundo para o custeio das gratuidades do sistema”, disse Kennedy que deverá apresentar até agosto uma data para implantação da nova forma tarifária, bem como o novo valor da passagem. “A partir de agosto, já dá pra falar uma data mais precisa sobre a implantação da nova tarifa e talvez até o novo valor”, pontuou. O licenciamento então, passaria de R$ 193,00 para aproximadamente R$ 250,00.

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Segundo Kennedy, a proposta tem respaldo legislativo. “A proposta da criação da receita extratarifária ela virá de acordo com a lei 12.587/2012 que é o Plano Nacional de Mobilidade”.

Debate já vem caminhando
O debate em torno do assunto também já vem sendo tratado há alguns meses. Em maio, Kennedy já falava sobre o assunto em entrevista à Rádio Bons Ventos e dizia ser a única alternativa para melhorar a qualidade do transporte em Goiânia e região. “O único mecanismo para melhorar a qualidade do serviço de transporte coletivo oferecido na região metropolitana de Goiânia, é realmente alterar a arrecadação tarifária do sistema”, afirmava.

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Dias após a entrevista, a CMTC organizou um seminário sobre transporte coletivo em que o presidente da companhia palestrou debaixo do seguinte tema: “Única solução de investimentos para o transporte público na RMG: Criação de receitas extra-tarifárias”, onde novamente Kennedy ressaltou a importância de meios alternativos para o financiamento das passagens.

Na entrevista que concedeu hoje, pontuou: “Desde o final do ano passado a CMTC está desenvolvendo estudos no sentido de apresentar um novo paradigma e entendimento do transporte coletivo, porque sabemos que fazendo a mesma coisa sempre, jamais conseguiremos resultados diferentes”.

Para Kennedy, a desoneração da tarifa irá proporcionar maior frequência de viagens para os veículos que operam no Eixo Anhanguera e também nas linhas alimentadoras, já operadas por empresas privadas: “Teremos ônibus com maior qualidade e conforto. Ônibus maiores, uma maior frequência entre viagens principalmente nas linhas Eixo e aquelas alimentadores com uma frequência muito baixa, nós também teremos o aumento da frequência dessas linhas alimentadoras que hoje penalizam que mora a longa distância”, concluiu.

Para implantar a proposta no entanto, um projeto de lei deverá ser criado e aprovado pela Assembleia Legislativa.

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