Representantes de 23 clubes das Séries A e B se reuniram nesta terça-feira, em um hotel na zona sul de São Paulo, para encaminhar a criação da Libra, uma nova liga de futebol no País. Oito agremiações assinaram um documento prevendo a criação da liga, que tem como objetivo organizar o Campeonato Brasileiro, organizado e dirigido atualmente pela CBF.
O bloco formado por Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo – representados pela Codajas Sports Kapital -, foi o primeiro a assinar o documento. O Cruzeiro e a Ponte Preta, ambos atualmente na segunda divisão, também assinaram o acordo.
Um segundo bloco, formado por América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude – integrantes do Movimento Futebol Forte -, pediu mais tempo de discussão para alinhar ideias antes da criação efetiva da liga. O principal entrave é a divisão do dinheiro dos direitos de transmissão das partidas, na qual o grupo não quer sair prejudicado. Uma nova reunião com 40 clubes (20 de cada uma das principais séries do campeonato) está marcada para a próxima semana.
Dos clubes da Série A, apenas Cuiabá e Juventude não enviaram representantes. Entre os clubes da Série B, participaram da reunião Cruzeiro, Guarani, Ponte Preta, Sport e Vasco. Jorge Braga, CEO do Botafogo, atuou como liderança intermediária na reunião.
“Entendemos que o próximo passo é reunir os 40 principais clubes do futebol brasileiro na sede da CBF, no dia 12, para uma posição em consenso. Até lá, todos terão tempo para avaliar os termos que estão na mesa. Temos pressa, mas não podemos errar. O futebol brasileiro precisa dar passos sólidos nesse importante momento de revolução que a Liga representa”, disse Braga, em nota divulgada pelo Botafogo.
Com a reunião desta terça-feira, a Codajas Sports Kapital, ligada ao grupo BTG, e a Livemode, sai na frente da briga pela operação do Campeonato Brasileiro junto à liga. A LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, em conjunto com as empresas XP e Alvarez & Marsal, é outra interessada no negócio, no qual acredita ser possível arrecadar 5 bilhões de euros (cerca de R$ 26,3 bilhões na cotação atual) anualmente.
O novo formato valeria somente a partir de 2025. Isso porque os contratos até 2024 já estão assinados.
(Conteúdo Estadão)