O vereador reeleito para a 1ª vice-presidência da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (MDB) que fez parte da chapa vitoriosa que reconduziu Romário Policarpo (PATRI) à presidência da Casa afirmou que a eleição foi “aberta, transparente e democrática”. O emedebista reforçou que não houve traições, mas, devido ao processo democrático, alguns optaram por mudar de lado e lamentou “excessos” que aconteceram durante a definição da Mesa Diretora: “Houve ataques que na minha opinião que quebraram o decoro, inúmeras vezes, não foi uma só”, comentou em entrevista ao Diário de Goiás.
Os ânimos de fato se exaltaram quando a vereadora Gabriela Rodart (DC) anunciou o voto para o 4ª secretariado. “Nesse caso, em quem tem palavra: o vereador Edgar Duarte (PMB)”, cutucou. Acontece que Anderson Sales “Bokão” (DEM) caminhou boa parte do processo no grupo de vereadores que buscavam a “renovação” da Câmara e às vésperas da eleição, migrou, junto com Joãozinho Guimarães para o G-21, que apoiava Romário Policarpo.
A partir do voto da conservadora, os vereadores que compunham o grupo alternativo passaram a disparar ataques cada vez mais acalorados aos dissidentes, mas em especial Bokão, que além de ter migrado, seria eleito 4º secretário. “Traidor”, “Sem caráter” e “Escória”, foram alguns dos adjetivos usados pelos vereadores para se referir à Anderson.
Clécio entende que não houve traição e sim, opção democrática. Ele pontuou que o próprio Dr. Gian (MDB) que encabeçou a chapa alternativa, começou o processo no grupo dos 21. “Nós tínhamos um grupo, que o MDB com a maior bancada eleita, nessas eleições fizemos seis vereadores. Os seis vereadores começaram neste grupo juntos. O vereador Dr. Gian também era parte do grupo. Inclusive, nós demos a palavra de permanecer no grupo e de construirmos democraticamente a eleição nesse grupo. Num determinado momento, eu inclusive, era o lider da bancada do MDB, nós fomos surpreendidos pela a decisão do vereador Dr. Gian de se transferir para outro grupo, democraticamente, isso é democracia.”
Clécio diz que faz parte do processo democrático mudanças de ideia, e que os vereadores se exaltaram em torno do assunto. “Da mesma forma, outros vereadores que estavam conosco foram para lá, e de lá, vieram para cá. Então, eu não vejo como traição, eu vejo como opção.”
O emedebista lamentou as quebras de decoro que segundo ele, foram muitas durante a eleição e que todo o processo foi transparente. “Eu lamento muito os excessos, talvez eu diria que, aquecimento demais da situação, porque houve ataques que na minha opinião que quebraram o decoro, inúmeras vezes, não foi uma só, foram várias as quebras de decoro, vereadores fazendo acusações pesadas, dirigindo palavras de baixo calão, apontando para um que era traidor esquecendo que do lado deles tem uns que fizeram a mesma coisa, mas ao mesmo tempo, tivemos a eleição divulgada e que cada um votou abertamente”, concluiu.