O ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), não foi à reunião convocada pelo presidente Michel Temer para tratar dos impactos da operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta-feira (17).
O peemedebista apareceu na investigação da Polícia Federal em uma escuta telefônica falando com Daniel Gonçalves Filho, apontado pelas autoridades como líder de uma quadrilha formada no Ministério da Agricultura.
A operação apura a venda ilegal de carnes por frigoríficos por meio do pagamento de propina a fiscais.
No relatório entregue à Justiça, a polícia afirma não ter visto indícios de ilegalidade na conduta do ministro -à época da interceptação ele era deputado federal.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministro, a ausência de Serraglio se deu por causa de uma viagem para a sua cidade e não teve relação com o fato de ter sido citado. Ele pediu autorização a Temer para ser representado pelo secretário executivo da Justiça.
Ainda segundo a comunicação do ministro, Serraglio não se sente impedido de participar de reuniões e conversas sobre o tema.
Estiveram presentes na reunião: Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Marcos Pereira, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Davi Levi, ministro interino da Justiça, Leandro Daiello, diretor-geral da Polícia Federal, secretários do governo, embaixadores e um deputado representando a Frente Parlamentar da Agropecuária.
Osmar Serraglio assumiu no início do mês o ministério, ao qual está subordinada a PF. (Folhapress)