Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. (Foto: Agência Brasil)
O deputado federal Marcos Rogério (DEM), relator do processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no Conselho de Ética, poderá decidir incluirá a delação premiada de Ricardo Pernambuco Júnior, executivo da Carioca Engenharia, no âmbito da Operação Lava Jato, em que cita Cunha.
Marcos Rogério ainda está aguardando a chegada de novos documentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) para decidir sobre a inclusão. Funcionários do gabinete do relator informaram que algumas informações solicitadas pelo deputado já foram entregues pela Justiça, mas a delação de Pernambuco Júnior, que afirmou ter pago R$ 52 milhões em propina para Cunha, ainda não está incluída.
A cautela é para que, no caso de estar sob sigilo, a inclusão da delação, que seria considerada prova ilícita, não comprometa o processo. O depoimento de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, em Brasília, está confirmado para a próxima terça-feira (26). Fernando é acusado pela Polícia Federal e Ministério Público de ser um dos operadores de propina da Petrobras ligado ao PMDB.
Baiano é testemunha indicada pelo relator, assim como o empresário João Henrique, que atuava como lobista do PMDB e afirmou, em delação premiada na Operação Lava Jato, ter transferido US$ 1 milhão para contas de Eduardo Cunha no exterior.
João Henrique seria ouvido na próxima segunda-feira (25), em Curitiba, mas a oitiva foi adiada para quarta-feira (27). A partir daí o relator poderá começar a ouvir testemunhas indicadas por Cunha que já estão sendo notificadas.
Com informações da Agência Brasil