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| Em 2 anos atrás

Cirurgia para retirada de prótese de silicone aumenta em 33%; Médico aponta principais causas

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A segunda cirurgia estética mais realizada no Brasil é a de implante de silicone nas mamas, representando uma média de 200 mil procedimentos por ano. Segundo os dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), entre os anos de 2016 e 2020, as cirurgias para a retirada de próteses aumentaram em 33%.

No Brasil, apenas em 2020, cerca de 25 mil pessoas optaram pela retirada do silicone, conforme informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

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O explante pode ser indicado em caso de doenças, reações e estéticas. A SBCP informa que, de 2014 até 2015, o número de intervenções para a troca de um silicone grande por um modelo menor ou mais natural, cresceu 15% no território brasileiro.

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Síndrome ASIA

Uma das causas que levam os pacientes a retirada da prótese é a Síndrome ASIA que, de acordo com o cirurgião plástico Hugo Santos, é uma condição rara e relacionada a predisposição, que pode surgir após o procedimento.

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O cirurgião alerta sobre as diferenças entre a Síndrome ASIA e a Doença do Silicone, termo utilizado por pessoas que fizeram o implante e tiveram uma série de sintomas. No entanto, Hugo Santos ressalta que a Doença do Silicone não possui comprovação científica e não é reconhecida pela comunidade médica, pois não há relação entre os sintomas apresentados e a prótese mamária.

“A ASIA Síndrome está associada a sintomas inespecíficos e que pertencem ao grupo de doenças reumáticas. Geralmente acometem pacientes com predisposição genética para isso. Mas quando aparecem vários sintomas, pedimos o apoio de um reumatologista para verificar se o caso está relacionado a alguma doença específica”, explica o especialista.

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Contratura Capsular

A Contratura Capsular é reconhecida como uma espécie de rejeição à prótese e chega a atingir cerca de 5% das mulheres com implante, há menos de cinco anos. Segundo o Uol Notícias, o risco aumenta conforme o tempo com a prótese, tornando-se a complicação mais frequente no pós-cirúrgico.

“Toda vez que a gente coloca o silicone, forma-se uma cápsula em volta da prótese para isolar o corpo estranho do restante do organismo. Na maioria das vezes, essa cápsula é fina e maleável. Na contratura capsular, porém, a reação é exagerada e a cápsula fica dura, enrijecida, podendo causar dor na região”, detalhou Leonardo Rodrigues, cirurgião plástico em Minas Gerais, ao Uol Notícias.

Explante

Segundo o cirurgião plástico Hugo Santos, a cirurgia para a retirada da prótese de silicone costuma durar, em média, 30 minutos. Para a realização, pode ser usada anestesia com sedação, peridural ou geral.

“Se a paciente quiser realizar a correção imediata da flacidez da mama, pode ser feita a mastopexia. Nesses casos, o processo pode se estender por até três horas. Mas, no geral, a recuperação é simples e a paciente logo pode voltar às atividades normalmente”, esclarece o médico. Desse modo, o pós-operatório de um explante de silicone irá depender dos procedimentos realizados em cada caso. “Às vezes, a mesma paciente que faz um explante, faz um implante na sequência, porque deseja apenas trocar o tamanho do implante”, exemplifica o especialista.

Leia também: VII Mutirão de Reconstrução Mamária do Hospital Araújo Jorge vai operar 12 mulheres que venceram o câncer de mama

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Pollyana Cicatelli

Jornalista e assessora de imprensa com pós-graduação em Comunicação Organizacional. Responsável pela editoria de cultura / diversão e colunista de turismo no Diário de Goiás. * Contato e sugestão de pauta: pollyanacicatelli@gmail.com