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O presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira (16) que sua proposta de refinanciamento da dívida das pessoas com o nome no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) prevê o parcelamento do débito em três anos.

O candidato disse ainda que fará um leilão entre as instituições credoras em busca de descontos nas dívidas. Ele afirmou que o débito médio pode chegar a R$ 1.200 após os abatimentos -menor que a dívida do brasileiro, que é de R$ 1.512,48.

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“Se tomar o desconto médio dos feirões do Serasa, que eu estou acompanhando, [o abatimento] chega a 80%. Imagina o governo entrando para proteger e ajudar nessa negociação? Esse desconto vai aumentar e nós vamos chegar a R$ 1.200. Se eu picar as prestações em 36 meses, o brasileiro vai pagar cerca de R$ 40 por mês”, afirmou ele, em sua primeira agenda de campanha, em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro.

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Ciro afirmou em vídeo de campanha nas redes sociais que a proposta exigirá o uso de, “no limite”, R$ 60 bilhões dos bancos públicos, que abrirão linhas de crédito para o parcelamento das dívidas.

Instituições financeiras privadas também terão espaço no projeto, desde que trabalhem “com juros sérios, que serão fiscalizados pelo governo”.

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Ciro Gomes minimizou críticas de adversários em relação à proposta. “Não há necessidade nenhuma de subsídio. Meus adversários que engoliram a isca com anzol, vara e tudo, porque não se dedicam a estudar e não sentem a dor do povo”, disse.

“O Brasil, nos últimos dois governos, dispensou R$ 375 bilhões dos empresários. Para dispensar dinheiro público na veia de grande, com apoio do [Jair] Bolsonaro e do [Geraldo] Alckmin, todo mundo achou muito normal. Agora, para ajudar os brasileiros que caíram na crise e que estão com os nomes humilhados, emprestando dinheiro, é essa celeuma toda”, afirmou.

O candidato também detalhou a proposta em vídeo de campanha nas redes sociais, mas não explicou se o governo arcará com a dívida caso ela não seja paga ou se os devedores voltarão para a lista do SPC.

Só serão renegociadas, segundo ele, dívidas feitas até o dia 20 de julho deste ano, quando ele sugeriu pela primeira vez a proposta. O candidato escalou o economista Luiz Gonzaga Belluzo para dar um depoimento no vídeo de campanha. “Fazer uma reestruturação de dívida é uma coisa normal. Na Alemanha do pós-guerra, houve uma reforma monetária que fez”, disse.

No ínício da semana, especialistas e economistas criticaram a proposta por ela ser vaga. O economista-chefe da corretora Spinelli, André Perfeito, afirmou que se Ciro deixasse a proposta aberta demais, ele poderia “sinalizar errado” para a sociedade. (Folhapress) 

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