O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou mais cinco pessoas suspeitas de envolvimento em crimes realizados no Cemitério Municipal de Caldas Novas. Além deles, este mês, o MPGO já cumpriu nove mandatos, na Operação Anúbis, deflagrada no dia 4 de julho, sendo um de prisão e oito de busca e apreensão, contra contra servidores públicos do município, ex-funcionários e um empresário do ramo funerário.
Conforme investigação do MPGO, entre os anos de 2021 e 2023, os dois servidores públicos, dois ex-funcionários do município e um empresário atuaram na administração do cemitério com venda clandestina de terrenos, jazigos e gavetas. As ações configuram crimes de corrupção passiva, excesso de exação, que é a cobrança indevida de taxas, associação criminosa e violação a sepulturas.
De acordo com a denúncia da 5ª Promotoria de Justiça de Caldas Novas, a ex-diretora do cemitério, com auxílio de dois coveiros, que atuavam como intermediários, por meio de falsificação de documentos públicos e particulares, simulava para os interessados na aquisição de jazigos tratar-se de simples intermediação de venda ou revenda. No entanto, ela ficava com o dinheiro pago como contraprestação. Em alguns casos, ela repassava parte do dinheiro obtido aos coveiros envolvidos na transação, como comissão.
Na operação, deflagrada no início deste mês, a ex-diretora foi presa por crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos públicos, falsificação de documentos particulares, falsidade ideológica, excesso de exação e associação criminosa. A investigação apontou que ela lucrou cerca de R$ 141 mil e o empresário funerário mais R$ 53 mil com o esquema.